Universidade de Coimbra promove produção de viseiras de proteção contra a Covid-19

Uma equipa de investigadores e alunos, liderada por Norberto Pires, desenvolveu um modelo de viseira, de fácil produção e montagem, que disponibilizou livremente para ser utilizado por qualquer cidadão.

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  • 21:25 | Terça-feira, 31 de Março de 2020
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Uma equipa de investigadores e alunos, liderada por Norberto Pires, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), desenvolveu um modelo de viseira, de fácil produção e montagem, que disponibilizou livremente para ser utilizado por qualquer cidadão no fabrico (através de impressoras 3D) deste material de proteção. “Com a disponibilização livre deste modelo de viseira, a Universidade desafia a comunidade a envolver-se e produzir, na medida das suas possibilidades, viseiras com as suas impressoras 3D para oferecer aos serviços de saúde da sua região. Para além disso, reconhecendo a necessidade de maior volume, envolvemos empresas de moldes e injeção de plástico que, num espírito de cooperação que muito nos sensibilizou, se prontificaram a ajudar na produção em massa destas viseiras. Mobilizar a sociedade com a nossa inovação e disponibilidade, contribuindo assim para uma sociedade mais desenvolvida e solidária, é um dos objetivos da Universidade de Coimbra”, frisa Norberto Pires.

Com base nesse protótipo já foram produzidas, em colaboração com empresas como a Tecnimoplás – Indústria Técnica de Moldes (entre outras), cerca de 10 000 viseiras, que serão entregues a unidades de saúde da região. O objetivo é alargar esse número, reunindo cada vez mais entidades da sociedade civil nesse esforço. “Foi possível mobilizar empresas, entidades como os Clubes de Rotários e muitas outras instituições, que permitiram reunir os recursos para um esforço de ajuda incondicional, que sentimos ser a nossa obrigação. É para nós muito animador, e para mim em particular, poder verificar que ex-alunos, agora empresários, empresas com que realizamos muitos trabalhos de I&D e de desenvolvimento competitivo, se unem a nós num esforço coletivo que nos orgulha e certifica que estamos a fazer bem, a trabalhar com a comunidade científica e industrial, ao longo destes 730 anos de história coletiva. Apelamos assim a que outros se juntem a este esforço, neste e noutras áreas, permitindo quem em conjunto sejamos capazes de combater esta pandemia”, acrescenta Norberto Pires.


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