Portugal é o 20º melhor país para viver, de acordo com o Índice Digital de Qualidade de Vida

O estudo foi feito com base em 117 países, ou 92% da população global. Entre os cinco pilares fundamentais da vida digital, a pior pontuação de Portugal foi atribuída à acessibilidade de internet (colocada em 68º lugar a nível global), e a melhor a segurança online (7º).

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  • 16:14 | Terça-feira, 27 de Setembro de 2022
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A quarta edição anual do Índice Digital de Qualidade de Vida (DQL) relata que Portugal é o 20º melhor país para viver, no que toca ao bem-estar digital.

O estudo foi feito com base em 117 países, ou 92% da população global. Entre os cinco pilares fundamentais da vida digital, a pior pontuação de Portugal foi atribuída à acessibilidade de internet (colocada em 68º lugar a nível global), e a melhor a segurança online (7º). A qualidade dos serviços de internet de Portugal está em 9º, enquanto que os serviços de governo e infraestrutura online ficaram em 28º e 40º lugar, respetivamente. Relativamente à inflação salarial, a internet de banda larga fixa ficou menos acessível a nível mundial pelo segundo ano consecutivo, incluindo em Portugal.

O estudo da Surfshark avalia países com base em cinco pilares de bem-estar digital fundamentares: qualidade da internet, serviços de governo online, serviços de infraestruturas online, custo da internet e segurança online.


Este ano, Portugal chegou aos 20 melhores a nível global, ficando em 20º no índice final e em 15º na Europa. O país subiu 10 posições desde a edição do último ano, subindo de 30º para 20º. De todos os pilares do índice, o ponto fraco de Portugal é a acessibilidade da Internet, que precisa de melhorar em 2160% para ir de encontro ao país com o melhor resultado (Israel).

A qualidade da internet em Portugal é excecional, e a nível global a banda larga fixa é melhor que a móvel             

A qualidade de internet de Portugal, tendo em conta a velocidade de internet, estabilidade e crescimento, fica em 9º no mundo e é 47% melhor que a média global. Relativamente apenas à velocidade de internet, a banda larga fixa de Portugal tem um resultado melhor que a móvel na qualificação global, funcionando a 169,5 Mbps/s (22º a nível global). Enquanto isso, a internet móvel fica em 26º (88,6 Mbps/s).

Em comparação com o Reino Unido, a internet móvel de Portugal tem sensivelmente a mesma velocidade, enquanto que a banda larga é 2 vezes mais rápida.

Desde o ano passado, a velocidade da internet móvel em Portugal melhorou em 70,5% (36,6 Mbps/s) e a velocidade da banda larga fixa cresceu em 12,7% (19,1 Mbps/s). Em comparação, os residentes de Singapura disfrutaram de velocidade móvel de até 104 Mbps/s e fixa até 261 Mbps/s – que é a internet mais rápida do mundo neste ano.

A internet em Portugal não é tão acessível em comparação com o padrão global, há espaço para melhorias

A acessibilidade da internet em Portugal fica em 68º no mundo. Os residentes podem comprar 1GB de internet móvel em Portugal por 10 minutos e 21 segundos de trabalho por mês, 23 vezes mais que no Reino Unido e 16 vezes mais que em Espanha. Em comparação com Israel, que tem a internet móvel mais acessível no mundo (5 segundos por 1GB), os portugueses trabalham, surpreendentemente, 126 vezes mais. A sua acessibilidade melhorou desde o ano passado, fazendo as pessoas trabalhar 1 minuto e 41 segundos a menos para pagar o mesmo serviço de internet móvel.

A banda larga fixa custa aos cidadãos portugueses cerca de 3 horas e 50 minutos do seu precioso tempo de trabalho por mês. Para a poder pagar, os portugueses têm de trabalhar 12 vezes mais do que os cidadãos de Israel, para os quais o pacote mais acessível custa apenas 19 minutos de trabalho mensal. Desde o ano passado, a internet de banda larga tornou-se menos acessível em Portugal, fazendo com que as pessoas trabalhassem mais 45 minutos para pagar o serviço de internet de banda larga.

 

A divisão global digital é agora a mais profunda de sempre

A nível global, a banda larga está a tornar-se cada vez menos acessível a cada ano. Vendo os países incluídos no índice do ano passado, as pessoas têm de trabalhar seis minutos a mais para pagar a internet de banda larga em 2022. Em alguns países, tais como a Costa de Marfim e Uganda, as pessoas trabalham uma média de 2 semanas para pagar o pacote de banda larga fixa mais barata. Observou-se uma tendência semelhante no ano passado. Com a inflação atual, a pressão em lares com baixo rendimento que precisam de internet tem-se tornado ainda mais pesada. O estudo de Surfshark também descobriu que os países com a pior ligação de internet têm de trabalhar mais para a pagar.

“Enquanto os países com uma forte qualidade de vida digital tendem a ser aqueles com economias avançadas, o nosso estudo global desvendou que o dinheiro nem sempre compra a felicidade digital” – explica Gabriele Racaityte-Krasauske, Chefe de Relações Públicas na Surfshark. “É por isso que, pelo quarto ano consecutivo, continuamos a analisar a Qualidade de Vida Digital para ver como diferentes nações continuam a providenciar as necessidades digitais básicas aos seus cidadãos. Mais importante ainda, o nosso estudo procura mostrar a visão geral da divisão digital global de que milhões de pessoas sofrem.”

 

Os melhores e piores países para viver pela qualidade de vida digital

No geral, 7 dos 10 países com maior pontuação são na Europa, que foi o caso nos últimos três anos. Israel posiciona-se em 1º na DQL de 2022 e a Dinamarca segue-se no segundo lugar. A Alemanha ficou em 3º e França e Suécia terminam os cinco primeiros das 117 nações avaliadas. Congo DR, Iémen, Etiópia, Moçambique e Camarões têm as cinco classificações mais baixas.

A nível regional, os Estados Unidos destacam-se da América enquanto país com a maior qualidade de vida digital, enquanto que Israel segura a posição de liderança na Ásia. Entre os países africanos, as pessoas na África do Sul desfrutam da maior qualidade de vida digital. Na Oceânia, a Nova Zelândia fica na liderança, ultrapassando a Austrália em várias áreas digitais este ano.

 

METODOLOGIA

A pesquisa DQL de 2022 avaliou mais de 7,2 mil milhões de pessoas relativamente a cinco pilares fundamentais e 14 indicadores subjacentes que fornecem uma avaliação abrangente. O estudo foi baseado em informações de fonte-aberta das Nações Unidas, do Banco Mundial, da Freedom House e da União Internacional de Comunicações, além de outras fontes. O estudo deste ano inclui sete (6%) outros países em comparação com a pesquisa DQL de 2021, a maior parte dos quais são países africanos.

O relatório final Qualidade de Vida Digital de 2022 e uma ferramenta interativa de comparação entre países podem ser consultados aqui: https://surfshark.com/dql2022

 

NOTA : Surfshark é uma ferramenta de proteção de privacidade desenvolvida para ajudar os seus utilizadores a controlar facilmente a sua presença online. A Surfshark One suite inclui uma das muito raras VPNs auditadas por especialistas de segurança independente, um antivírus certificado oficial, uma ferramenta de pesquisa privada, e um sistema de alerta de fuga de dados. Em 2021, a Surfshark foi reconhecida como o Serviço de Segurança Mais Inovador nos Prémios de Excelência de Cibersegurança e a Aplicação A Ter nos Prémios TechRadar’s WFH. Visite o nosso centro de pesquisa em: surfshark.com/research

 

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