Em tempo de vindimas há uma ‘Rota do Vinho e da Vinha’ para descobrir em Torres Vedras

A ‘Rota do Vinho e da Vinha’ de Torres Vedras proporciona um passeio marcado por cores e cheiros que convidam à prática do pedestrianismo, sendo possível, no seu decorrer, apreciar paisagens de rara beleza, bem como edifícios e casarios com um carácter rústico, envoltos por arvoredos, matas seculares e agradáveis jardins.

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  • 22:28 | Sexta-feira, 02 de Outubro de 2020
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A frescura da influência atlântica e a diversidade explicam a fama dos vinhos produzidos na região oeste. Com cerca de seis mil hectares de área total de vinha, Torres Vedras beneficia da diversidade do clima, das características dos solos e das castas que contribuem para a produção de verdadeiros e saborosos néctares.

Terra de turismo por excelência, em Torres Vedras o vinho alia-se a experiências únicas, enriquecidas por um património histórico e cultural rico e diversificado. Além da degustação e da aquisição de vinhos, Torres Vedras convida a um Enoturismo que incentiva a vivenciar a cultura e a tradição local, promovendo o conhecimento das etapas e do processo produtivo do vinho.

Como forma de aproximar a cultura do vinho e as gentes, há em Torres Vedras uma ‘Rota do Vinho e da Vinha’ que convida a percorrer um percurso circular com uma extensão de 15 quilómetros por entre belas paisagens rurais e vinhateiras, ao longo do território da União das Freguesias de Dois Portos e Runa.


A ‘Rota do Vinho e da Vinha’ de Torres Vedras proporciona um passeio marcado por cores e cheiros que convidam à prática do pedestrianismo, sendo possível, no seu decorrer, apreciar paisagens de rara beleza, bem como edifícios e casarios com um carácter rústico, envoltos por arvoredos, matas seculares e agradáveis jardins.

Não é possível descrever essa paisagem sem pensar nas vinhas, prontas a serem descobertas através das experiências proporcionadas pelas unidades de enoturismo a operar no Concelho. O melhor é mesmo parar para explorar e degustar os néctares de uma região que, em 2018, foi eleita “Cidade Europeia do Vinho”:

 

Adega Cooperativa da Carvoeira

Fundada em 1957, laborando pela primeira vez em 1960, neste momento conta com cerca de 500 sócios, que representam um total de 1200 hectares de vinha. A produção média anual ronda os 6 milhões de litros que são comercializados, mais de 60%, diretamente ao consumidor e o restante por distribuidores a nível nacional e internacional.

Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa

Foi constituída em 1956, sendo a maior Adega Cooperativa de Portugal ao nível de volume de produção e de receção de uvas. Tem uma capacidade instalada de 40 milhões de litros de vinho. Conta com 534 viticultores associados que possuem um total de 1650 hectares de vinha. Em junho de 2016 inaugurou a segunda adega que permitiu aumentar a capacidade de vinificação em nove milhões de litros de vinho. Exporta cerca de 95% da produção.

Adega Mãe

Nasceu de uma paixão antiga que sempre existiu no seio do Grupo Riberalves. Representa uma forte aposta no setor vitivinícola e no enoturismo, distinguindo-se no mercado pela aposta em vinhos genuínos que expressam as características únicas da região de Lisboa, muito marcada pela influência Atlântica.

Fonte das Moças/Quinta de São Domingos

Da sua exploração, com uma área de 18 hectares de vinha, 15 hectares são de castas tintas. Os vinhos engarrafados são comercializados sob a marca comercial Fonte das Moças.

Quinta da Almiara

Rodeada pelos seus 180 hectares de vinha, a Quinta da Almiara situa-se num local de elevada beleza paisagística, na freguesia de São Mamede da Ventosa, concelho de Torres Vedras, e está inserida na Região Vitivinícola de Lisboa. Região de antiquíssima produção vinícola, com um clima temperado, sem grandes amplitudes térmicas, de suaves colinas e forte influência atlântica, pela proximidade do oceano.

Quinta da Barreira

Fundada nos finais do século XIX, esta empresa de cariz familiar foi adquirida em 1954, mantendo-se a partir dessa data na posse da atual família.

Quinta da Boa Esperança

Por entre o embalo soalheiro destes vales e encostas, recortados por vinhas e árvores de frutos, a Quinta da Boa Esperança tem por base um conceito de vinhas sustentáveis, criando o compromisso de garantir o bem-estar das nossas vinhas, bem como proteger os nossos solos e as suas águas.

Quinta da Casaboa

Está há 3 gerações na posse da família Ferreira dos Santos dedicando-se à produção e engarrafamento de vinho. Com origem no século XVIII, com 120 hectares de área, foi adquirida em 1958 por João Ferreira dos Santos empresário em Moçambique, dedicando-se desde essa data à produção de vinhos.

Quinta da Folgorosa

Propriedade com mais de 300 anos. O Duque de Wellington considerou os seus vinhos os melhores de Lisboa. Produz vinhos engarrafados desde o início da década de 1980. Tem uma área de 40 hectares de vinha, produzindo vinhos tintos e brancos.

Vale da Capucha

Somos do vinho há 150 anos, mais ou menos. Não sabemos ao certo a data, mas sabemos dizer que tem sido um caminho cheio de memórias, de família e de carinho pela terra que nos cria e que nos devolve presente e futuro todas as vindimas, na exata medida dos nossos sonhos e do nosso trabalho.

 

 

Características do percurso

Localização:
– Concelho: Torres Vedras
– Freguesia: Dois Portos e Runa

·         Acessos: EM 248 – Torres Vedras – Sobral de Monte Agraço

·         Tipo de percurso: Pequena Rota Circular

·         Ponto de partida e chegada: Ribaldeira

·         Distância: 15 km

·         Desníveis acumulados: 450 metros

·         Altitude:
– Máxima: 213 m (ao quilómetro 12 – Casal de S. Pedro)
– Mínima: 65 m

·         Duração: 4 horas

·         Grau de dificuldade: Média

·         Época aconselhada: Todas

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