É com o objetivo central de melhorar o diagnóstico/prognóstico e, consequentemente, o tratamento de leucemias/linfomas de células T maduras que está em curso o projeto europeu Interrogation of the immune-microenvironment of T-cell malignancies (ImmuneT-ME), que conta com a participação da Universidade de Coimbra (UC).
Neste contexto, em que não há evidente melhoria da terapêutica para este tipo de linfoma raro –que pode ter vários subgrupos – este projeto “pretende identificar e validar novos biomarcadores e alvos terapêuticos clinicamente direcionáveis ao microambiente tumoral imunológico deste tipo de linfoma, com vista ao desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas na medicina personalizada/precisão – procurando diagnosticar, monitorizar e tratar a doença – em função das características de cada pessoa”, avançam os investigadores.
Em Portugal, será efetuada a validação em amostras de doentes dos potenciais biomarcadores identificados por outros parceiros do consórcio, e serão desenvolvidas metodologias aplicáveis à prática clínica com vista à sua implementação clínica.
A equipa clínica e de investigação do projeto inclui médicos especialistas em hematologia, anatomia patológica e imunologia, e ainda investigadores na área da biologia/genética e bioinformática, e associações de representantes de doentes, “representando uma oportunidade única para o estudo das leucemias/linfomas de células T maduras”, sublinha a equipa do ImmuneT-ME.
Integram a equipa portuguesa do ImmuneT-ME: Ana Bela Sarmento Ribeiro, Ana Cristina Gonçalves, Raquel Alves e Catarina Geraldes, da FMUC; Marília Gomes e Sara Petronilho, da ULS Coimbra; e Maria Gomes da Silva, José Cabeçadas e Sara da Mata, do IPO Lisboa.
(Foto Ana Bartolomeu)