Há circuitos que respiram história, há ambientes que transbordam paixão, e depois há Arteixo, o palco galego onde o kartcross se transforma num fenómeno cultural e desportivo. Nos dias 7 e 8 de dezembro, o emblemático traçado espanhol recebe mais uma edição do Off Road Trophy Arteixo, uma prova aguardada com entusiasmo e onde apenas os nomes mais fortes da modalidade têm lugar. Entre eles estará Alexandre Borges, convidado a medir forças com várias referências do mundo do kartcross.
Para o piloto nelense, esta prova representa muito mais do que o fecho da época. É o reconhecimento de um percurso competitivo sólido, de uma reputação construída curva a curva e da forma como o seu nome tem ganho peso além-fronteiras. Em Espanha, Alexandre Borges não é apenas mais um piloto, é um adversário respeitado, admirado pelo ritmo constante, pela inteligência tática e pelo estilo firme que o caracteriza.
Mas se o ambiente promete ser familiar, o traçado não será. Ao contrário das pistas mistas do campeonato português, Arteixo é um circuito totalmente em terra, um terreno que exige uma adaptação imediata e uma leitura muito criteriosa da evolução da pista. Cada manga poderá apresentar condições distintas, obrigando a equipa a reajustar o setup ao longo do fim de semana, sempre em função daquilo que o terreno dita.
É um desafio adicional que poderá influenciar o resultado final, sobretudo para quem, chega a um cenário completamente novo. Mas também é precisamente nestas circunstâncias que os grandes pilotos se elevam: na capacidade de sentir o piso, de antecipar a pista e de extrair velocidade onde outros encontram incerteza.
Com cerca de 60 inscritos, incluindo o campeão espanhol, o campeão europeu e vários convidados de topo, esta será uma das grelhas mais competitivas do ano. Para a NelaSport, esta participação internacional encerra uma época intensa, marcada por conquistas, superação e a mais recente vitória na Taça de Portugal.
O desafio é enorme. O respeito pelos adversários é total. Mas o instinto competitivo permanece o de sempre.
E em Arteixo, quando o semáforo se apagar, o único português em pista estará lá, preparado, concentrado e pronto para mostrar, mais uma vez, por que razão o seu nome continua a ganhar força dentro e fora de Portugal.
