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Além dos oito deputados eleitos pelo nosso distrito, há outro alto representante da região na Assembleia da República: Marta Costa, viseense, é a nova chefe de gabinete do líder parlamentar do Partido Socialista.
Discreta, mas sempre presente, esta estratega política teve a sua primeira vitória na eleição de Eurico Brilhante Dias como número 1 da bancada parlamentar, logo no sopro inicial da legislatura. Por trás dos 118 votos favoráveis entre 120 possíveis houve muito trabalho de formiga e inúmeros tête-à-tête longe das câmaras, que comprovam as excelentes relações que Marta Costa mantém com os diferentes quadrantes do partido maioritário. Resumindo: é uma estrela, substantivo feminino, em ascensão entre os socialistas.
Marta Costa não quis falar para esta notícia. Disse apenas estar completamente focada no trabalho. Palavras sensatas que atestam a sua inteligência, pois o trabalho do chefe de gabinete não é aparecer – é antes fazer o número um aparecer com critério e impacto. Através, por exemplo, de entrevistas que dão manchete e fotografia de toda a capa em jornais nacionais, como aquela, precisamente, que Eurico Brilhante Dias concedeu ao DN após assumir funções.
A missão que Marta Costa tem pela frente é um duríssimo teste político: gerir na sombra a maior bancada do parlamento numa legislatura marcada pela guerra na Ucrânia e que conta, pela primeira vez, com um ruidoso grupo de deputados nacionalistas. Será também a legislatura das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril e da Constituição.
Eurico Brilhante Dias conta com a nossa conterrânea para tudo – e não é o único. É que Marta Costa foi também a arquiteta do V Congresso da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, liderada por Álvaro Beleza, onde se apresentou um ambicioso plano reformador para o país que recolheu apoios e elogios tanto à esquerda como à direita.
Aliás, esse é um dos seus pontos de contacto permanentes com a nossa região, na medida em que acaba de ser designada secretária-geral da distrital da SEDES em Viseu. Na cerimónia de tomada de posse falou para os seus. Em vez de meras palavras de circunstância, logo lançou uma interrogação chave: como podemos, efetivamente e de uma vez por todas, fixar mais quadros em Viseu e estancar a perda de população da região?
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