As concelhias do PS e do PSD Viseu andam assanhadas nestes escassos dias que antecedem as eleições autárquicas de 12 de Outubro.
E nessa luta entre rivais para a CMV surgem acusações, refutações das acusações, acusações… uns cometem ilegalidades, outros são mentirosos, dizem eles, na tentativa de reposições de verdades da qual ninguém sai impoluto nem vencedor.
Ademais, se essa total inversão de valores – afinal Maquiavel tinha razão – se impôs como a nova cartilha dos pugnantes, prescientes de que uma ou duas belas “petas”, quando aclaradas ou desmentidas já não surtem efeito em ninguém, porque não dar-lhe cabal e profícuo uso?
E se uns afirmam que “é vergonhoso e repreensível o uso de funcionários municipais pelo PSD como rosto de vídeos de campanha, promovendo projectos da Câmara em benefício eleitoral.” Outros, lestos, refutam referindo que “o que incomoda o PS Viseu são cidadãos livres”, e ambos vão por aí fora na troca de mimos que, e no fundo, evidenciam quão renhida é a luta e quão evidente é o desespero dos lutadores.
Assim, o ping-pong, tep, tep, tep, joga-se em frenesim, com a minguada bola branca, voando de raqueta em raqueta, no meio de muitas acrobacias, tentando derrotar o adversário a custo de muitas piruetas, efeitos e força de braço.
Os espectadores (que hoje se escrevem espetadores…), olham para toda esta artificiosa contenda e, entre bocejos, viram costas, fazem um manguito e pensam – “Em quem vou eu votar, afinal?”