Valha-nos Deus

A propósito das dezenas de cães, cadelas e bichanos que morreram queimados, num canil em Santo Tirso, o primeiro-ministro, na AR, desancou no director-geral de alimentação e veterinária.

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  • 20:54 | Sexta-feira, 07 de Agosto de 2020
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Não foi na escola, foi em casa e na vida que aprendi que os elogios se fazem em público e os reparos se guardam para o privado.

É do bom viver que assim seja e faz parte da boa educação. Seja na vida pessoal ou no mundo profissional. O recato das quatro paredes deve silenciar o desagrado. Os méritos e as competências, não faz diferença, até convém, que cheguem a todos. Qualquer aprendiz de chefe ou estagiário de amanuense sabe esta regra básica. Inquieta-me, por isso, que gente letrada e experiente, sendo sua obrigação conhecê-lo, faça vista grossa a este princípio das relações humanas.

A propósito das dezenas de cães, cadelas e bichanos que morreram queimados, num canil em Santo Tirso, o primeiro-ministro, na AR, desancou no director-geral de alimentação e veterinária. Não sei se os responsáveis podiam ter feito mais e melhor na defesa dos animais. Talvez não, provavelmente sim. O que sei é que o PM não pode, não deve, comportar-se assim. Não teve maneiras. Foi insensível e desqualificado. Também ele “absolutamente intolerável”. Mesmo que, às vezes, tenha tiques de quem o quer ser, não é ainda o dono disto tudo.


No exercício das suas missões, cada um faz o que pode e merece respeito Mais do que uma demissão em directo, foi uma humilhação desnecessária. Que revela bem aquilo de que o PM é capaz. Quando lhe dá jeito, calca, espezinha, é frio e até despropositado.

Quando faz isso aos da sua “raça”, que se cuidem os que não são.

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Publicado em Opinião