Trump entre ameaças e bravatas…

Bibi, o israelita, capitaliza esta estranha amizade, Putin, o czar russo desdenha da arrogância de Trump, Xi Jinping, esse, ri-se de todos eles, presciente de que enquanto se digladiam, a China vai crescendo, estendendo os seus poderosos tentáculos a todo o planeta.

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  • 15:56 | Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025
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Donald Trump tomou posse a 20 de janeiro de 2025 como 47º presidente dos Estados Unidos da América.

Numa incumbência a que se arrogou desde a campanha eleitoral, garantiu que no dia seguinte a ser presidente poria termo aos conflitos bélicos entre israelitas e palestinianos e ucranianos e russos.

Quase dez meses volvidos, os seus desideratos redundaram num global fracasso.

Na Faixa de Gaza, depois de alguns delírios imobiliários que pretendiam, sob a batuta e imaginação de Trump criar ali a Riviera do Médio Oriente – “comigo o negócio está primeiro…” — o que sobra de todas essas aparentemente boas intenções? Um monte cada vez maior de destroços, uma pilha cada vez mais alta de cadáveres e promessas de tréguas sucessivamente incumpridas e adiadas para as calendas gregas.


Pela sua “heróica” intervenção, Trump reclamava o Prémio Nobel da Paz.

Na Ucrânia, depois de alguns destratos diplomáticos —  a Casa Branca tornou-se espaço de chacota, zombaria e galhofa, nomeadamente para quem está na “mó de baixo” – encontros com Putin de passadeira vermelha por Trump estendida, aquele, apesar das constantes ameaças que não passam de fanfarronices de bagunceiro, faz sucessivos manguitos a este, rindo-se do circense papel que Trump incarna, de um Capitão América de filmes de má ficção.

Putin tê-lo-á seguro pelas acções de um passado que inclui falências evitadas por investimentos de misteriosos capitais até hoje mal clarificados, por alegadas intimidades em rijas festas adequadamente “registadas”, em Moscovo, and so on…

Pelo meio, agora, com intervenção oportunista do “arranjista” húngaro Órban, a fazer o papel de alcoviteiro, apresenta-se uma nova cimeira da paz, que, como as anteriores, mais não será do que uma repetida manobra de diversão para os média verem e o mundo pensar que sim, que os senhores da guerra anseiam pela paz.

Também neste cenário de guerra, pela sua “heróica” intervenção, Trump reclamava o Prémio Nobel da Paz.

Em Janeiro cumprir-se-á um ano sobre as reiteradas e inócuas jactâncias e bravatas de Trump.

Bibi, o israelita, capitaliza esta estranha amizade, Putin, o czar russo desdenha da arrogância de Trump, Xi Jinping, esse, ri-se de todos eles, presciente de que enquanto se digladiam, a China vai crescendo, estendendo os seus poderosos tentáculos a todo o planeta.

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Publicado em Opinião