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Paulo Neto
José Silvano, o secretário-geral do PSD, com aquele ar de “ratito acossado”, tem atitudes de grande cómico. Tais, que até pensamos ter passado ao lado de uma grande carreira de humorista.
O grande escrutinador dos candidatos às autárquicas, o homem da penúltima palavra – a última será (?) de Rio – andará desnorteado com a selecção e em busca da “the right person to the right place”.
Por isso escolheu Suzana Garcia para a Amadora, a tonitruante comentadora de talk shows que reconhece ter recebido convites de todos os partidos de direita, a apologista da castração química alinhada com Ventura, de quem diz apreciar o estilo e com cujo partido admite desde já fazer acordo.
Silvano, ao fazê-lo, mostrando o seu grande trunfo da manga tirado, prova os fundamentos dos seus critérios e mostra mais, que não olha a meios para atingir os seus fins políticos.
Em torno deste vale tudo que começa a posicionar o PSD como um partido de oportunismos circunstanciais, Rui Rio, imperial, remete-se a um olímpico silêncio, talvez cogitando ser uma pena a Cristina Ferreira ou outra de semelhante projecção não querer ser candidata a uma das autarquias em dificuldades, por exemplo a de Viseu…
(Foto DR)
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