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Os fins não podem justificar os meios

E, para meu grande espanto, diz que pouco antes de terminar o prazo Cavaco Silva lhe disse que não tinha assinaturas suficientes ("faltavam quatro ou cinco"). E ele, Presidente do Congresso, pediu os documentos e assinou "por cinco gajos da Madeira".

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    • 20:19 | Domingo, 05 de Fevereiro de 2023
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    Hoje fiquei boquiaberto ao ler uma entrevista do Dr. Alberto João Jardim no Diário de Notícias.

    A entrevista passa por todos os largos anos em que ele governou a Madeira.

    Fala da sua ação e tece comentários relativos aos diversos Primeiros Ministros com quem lidou, ao mesmo tempo que relembra alguns episódios.


    E é destes que um me surpreendeu.

    Começa por dizer que incentivou Cavaco Silva a ir ao congresso da Figueira da Foz que o levaria à direção do PSD.

    Depois fala de como (enquanto Presidente da Mesa do Congresso) lhe deu a palavra para intervir fora das regras.

    E, para meu grande espanto, diz que pouco antes de terminar o prazo Cavaco Silva lhe disse que não tinha assinaturas suficientes (“faltavam quatro ou cinco”).

    E ele, Presidente do Congresso, pediu os documentos e assinou “por cinco gajos da Madeira”.

    Diz que depois foi ao hotel avisar os companheiros por quem tinha assinado.

    Perante a interrogação do jornalista sobre se não ficara preocupado por ter falsificado assinaturas, respondeu:

    “Ó homem, foi ajudar o Cavaco. Ele foi eleito, foi Primeiro Ministro, foi Presidente da República.”

    Como é que uma pessoa confessa um crime e o acha o mais normal das coisas?

    Que mais terá ele feito à margem das regras?

    Por fim, dei comigo a pensar: se o homem foi o que foi, depois de ter sido eleito com assinaturas falsificadas, onde chegaria se o tivesse sido com lisura?

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