Os contadores de histórias

Aqui não há maus da fita, nem "anjinhos", nem justicialistas, o que se espera é a busca da verdade, em nome da total transparência na relação entre a vida política e empresarial, sem que isto implique a devassa da vida privada na praça pública.

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  • 9:54 | Quinta-feira, 08 de Julho de 2021
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A propósito dos acontecimentos que marcaram os últimos tempos do nosso quotidiano, ao nível da Justiça, com Joe Berardo, Luís Filipe Vieira e mais uns quantos… a terem que passar pelo crivo das investigações judiciais…

É possível imaginar um tempo melhor do que o que vivemos, mas a realidade, não raras vezes, sobrepõe-se de forma implacável.

A mestria judicial e política perante as adversidades está não só em escolher as palavras, mas o momento. E, neste plano, é de realçar o trabalho dos deputados, tantas vezes acusados de inércia, nas comissões de inquérito, no âmbito da Assembleia da República desnudando um conjunto de esquemas financeiros, alegadamente fraudulentos, que se arrastaram ao longo dos anos, mesclados dum conceito muito em voga, empreendedorismo, sem produção de riqueza nacional.


Quem fala demais corre o risco de usura e ser visto como um realejo. A voz e o discurso são vistos como degraus da escada de acesso às pessoas, por isso gosto dos contadores de histórias: são sóbrios.

 

A política é a arte do possível ou, tal como dizia o Dr. Almeida Santos, quanto mais espaço se der à afirmação das convicções, melhor se governa.

Esperemos pelo resultado das atuais diligências judiciais, sempre na presunção de inocência dos acusados de hoje, como dos anteriores ou futuros.

Aqui não há maus da fita, nem “anjinhos”, nem justicialistas, o que se espera é a busca da verdade, em nome da total transparência na relação entre a vida política e empresarial, sem que isto implique a devassa da vida privada na praça pública.

Sem dramas.

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Publicado em Opinião