Rui Rocha, líder da IL, mal viu os resultados eleitorais de 18 de Maio que lhe contrariaram as expectativas de aumentar o número de deputados do 8 para 14, no mínimo, e lhe deram apenas e honrosamente mais 1 eleito, inchou o peito de ar e foi à audiência protocolar com o Presidente da República falar da sua visão de um áureo futuro.
À saída, com aquele seu ar de franciscano sofrido, disse ao que vinha… sôfrego e impaciente para meter ombros à alteração da Constituição da República Portuguesa. A Lei das Leis.
Ademais, um progressivo aumento da diminuição da proteção social. Claro que só as seguradoras, por mero exemplo, salivam com a ideia, sem falar da Saúde privada e demais “patrões investidores”.
Porém, Rocha, durante a sua campanha eleitoral, não clarificou ao que vinha. Tão pouco apresentou o desiderato da revisão constitucional, numa ambígua e polémica atitude de falta de clareza, oportunismo e parca honestidade política.
Aparece assim como o esfaimado lobo disfarçado de carneiro no meio do ingénuo e confiante rebanho.
Ao fazê-lo, tornando-se de uma perigosidade que carece da maior atenção. Ainda mais quando Montenegro lhe abre os braços para o incluir na sua equipa, quando o Chega, logo a reboque vem a terreiro, com bombos e trompetes. propor também a sua ideia de revisão constitucional, essa incluindo todos os substratos de ódio e de conflitualidade social subjacentes ao discurso de Ventura e piedosamente seguidos por mais de um milhão de portugueses, que o veem como o 4º Pastorinho de Fátima, o retornado dom Sebastião, o farol da Nação, o justiceiro Divino e o caçador de Imigrantes.
Para isso, Rocha está disposto a vender a alma ao diabo e poderá ter mesmo de o fazer, pois para a execução do seu desiderato precisa de se aliar à AD e ao Chega… que lhe chamarão um figo, depois do cognac da sobremesa.