O Influencer também tem fugas

Cheguei a acreditar que finalmente tínhamos um inquérito crime em que o segredo de justiça era respeitado.

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  • 10:12 | Domingo, 07 de Janeiro de 2024
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Há coisas que são certamente tão transcendentes que o comum cidadão não as entende.

Na verdade o processo Influencer é um bom exemplo.

Quando foi conhecido que seguira para o Supremo Tribunal de Justiça certidão visando a instauração de um inquérito ao Primeiro Ministro todos queríamos saber mais do que o divulgado.


Não nos foi dito mais que “No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto supra referido.”

O Ministério Público ao querer dizer tudo, disse nada.

Sempre que se pretendia saber mais esbarrava-se no segredo de justiça.

Cheguei a acreditar que finalmente tínhamos um inquérito crime em que o segredo de justiça era respeitado.

Nada mais enganoso, bastou o Congresso do PS para que horas antes do seu início houvesse o anúncio de que o inquérito pressuporia um crime de prevaricação. 

Claro que foi mera coincidência.

Por outro lado soube-se também que no seu recurso (atinente às medidas aplicadas aquando das detenções efetuadas no âmbito do processo Influencer) o Ministério Público deixou cair muito do que pediu e do que disse quando se soube a decisão do Juiz de Instrução.

Mas fico perplexo ao ter conhecimento que o Ministério Público, considerando João Galamba o fulcro de toda a acção que envolve a matéria visada no processo Influencer, tenha a atitude que tem para com ele.

Não era expectável que já o tivesse ouvido (interrogado)?

Não seria adequado que lhe tivesse promovido medidas de coação?

Como se pode entender que queira agravar medidas a outros envolvidos e não aja ou promova  medidas ao “autor e verdadeiro mentor dos factos”.

…os seus desígnios também são insondáveis.

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