Morreu Jorge Coelho

De seguida, o livro foi apresentado na Bertrand do Chiado, em Lisboa e no Carregal, em Sernancelhe. Jorge Coelho fez questão de estar presente em ambas as cerimónias e foi empolgante na sua intervenção feita no Pátio dos Sanhudos, a convite de Carlos Silva Santiago e perante mais de 400 pessoas, mostrando quanto a leitura da obra lhe tinha calado fundo.

  • 21:13 | Quarta-feira, 07 de Abril de 2021
  • Ler em 2 minutos

Aos 66 anos de idade vítima de ataque cardíaco faleceu Jorge Coelho.

Beirão, originário de Contenças, Mangualde, político e empresário. Um indefectível democrata.

As palavras são parcas para exprimir a funesta surpresa.


Dele, entre outras, guardo uma calorosa memória que o liga a Aquilino Ribeiro, a Sernancelhe…

Um dia, corria o ano de 2016, em amena cavaqueira lancei-lhe um desafio…

— O Dr. Jorge Coelho podia escrever a introdução ao livro “Cinco Réis de Gente”, que a Bertrand vai reeditar em parceria com a autarquia sernancelhense…
— Ó Paulo Neto, mas eu não sou um académico versado em literatura. A minha área é a Economia. Que vou eu escrever?

— Vou enviar-lhe o livro, o senhor lê e logo me diz…

— E que prazo tenho?

— Quinze dias…

— Não prometo, mas mande lá o livro que eu verei do que sou capaz.

 

E assim, na minha caixa do correio, no dia aprazado tinha o texto em causa, acabado em Contenças, a 31 de Julho de 2016. A prometida “introdução”, que em nada desmereceu do prefácio lavrado pela escritora Luísa Costa Gomes e que assim abria:

“É um enorme orgulho para mim escrever esta introdução à obra Cinco Réis de Gente do grande Aquilino Ribeiro.

Agradeço ao Dr. Paulo Neto e à Bertrand Editora a confiança em mim depositada.

As minhas primeiras palavras são, como não poderia deixar de ser, para o Autor.

Aquilino Ribeiro é um dos maiores vultos da nossa cultura e do que tem de melhor a nossa História.

Aquilino Ribeiro é um grande Português e um beirão das terras, que baptizou do Demo, do distrito de Viseu, do interior de Portugal, o distrito onde eu nasci e vivi na minha juventude, no meu caso nos anos 50/60.”

(…)

De seguida, o livro foi apresentado na Bertrand do Chiado, em Lisboa e no Carregal, em Sernancelhe. Jorge Coelho fez questão de estar presente em ambas as cerimónias e foi empolgante na sua intervenção feita no Pátio dos Sanhudos, a convite de Carlos Silva Santiago e perante mais de 400 pessoas, mostrando quanto a leitura da obra lhe tinha calado fundo.

À sua Família, a manifestação do nosso pesar e os mais sentidos pêsames.

 

 

 

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião