Métro, boulot, tombeau

Emmanuel Macron, o Presidente da República francesa desde 2017 está sob fogo cerrado e, se a Assembleia Nacional derrotar dia 16 esta polémica lei, fica numa posição de enorme fragilidade política.

Tópico(s) Artigo

  • 10:33 | Quarta-feira, 15 de Março de 2023
  • Ler em 2 minutos

Desaparecendo a sonoridade do slogan, podemos traduzi-lo por “Metro, Trabalho, Túmulo”.

É desta forma que mais de dois milhões de franceses encaram a proposta de reforma do governo de Macron para os 64 anos, económica e politicamente baseada na sustentabilidade futura das pensões.

Os franceses estão em pé de guerra. Por todo o lado as manifs sucedem-se. Na capital, em Paris, algumas dessas manifs já passaram do ordeiro pacifismo à desordem, à destruição e aos confrontos físicos.

 


Melhor que ninguém, Manuel João Dias escreve sobre o assunto. Aqui: https://www.ruadireita.pt/opiniao/a-saga-da-lei-das-pensoes-em-franca-44507.html

Emmanuel Macron, o Presidente da República francesa desde 2017 está sob fogo cerrado e, se a Assembleia Nacional derrotar dia 16 esta polémica lei, fica numa posição de enorme fragilidade política.

Macron foi aluno da Escola Nacional de Administração que forma os altos quadros da administração pública, inspector de finanças, auditor na “Comissão Attali”, gestor do banco de negócios Rothschild & Cª. Macron foi membro do Partido Socialista de 2006 a 2009, integrou a campanha eleitoral de Hollande, passou a seu secretário-geral adjunto e ministro da Economia e da indústria. Em 2016 fundou o seu partido “En Marche”, tornando-se seu presidente. Candidato a presidente da República em 2017, triunfa na segunda volta contra Marine Le Pen com 66% dos votos.

Reeleito em 2022, na segunda volta e de novo face a Le Pen, triunfa com 58,5% de votos. É preciso ter em conta que os partidos à sua esquerda se congregaram para evitar a vitória da extrema-direita. E que agora, neste momento, com esta proposta  de lei, estão em plena oposição a Macron… juntamente com os seus antigos adversários.

A sua posição, dentro do G20 e face à invasão da Ucrânia pela Rússia, concedeu-lhe um capital de simpatia entre os franceses que, pela crescente contestação na rua, está completamente desbaratada.

 

(Fotos DR)

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião