Mamdani, o “pior pesadelo de Trump”

A mais impactante foi a de Zohran Mamdani, de 34 anos, um candidato nascido em Kampala, capital do Sudão, de onde emigrou para os EUA com 7 anos de idade e que acaba de se tornar presidente da câmara (mayor) da maior cidade norte-americana, Nova Iorque.

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  • 19:02 | Quarta-feira, 05 de Novembro de 2025
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Nas eleições que têm decorrido para governadores de Estado e “mayors” de grandes cidades, os candidatos do partido Republicano que apoia e suporta o presidente Donald Trump têm sido alvo de sucessivas derrotas.

A mais impactante foi a de Zohran Mamdani, de 34 anos, um candidato nascido em Kampala, capital do Sudão, de onde emigrou para os EUA com 7 anos de idade e que acaba de se tornar presidente da câmara (mayor) da maior cidade norte-americana, Nova Iorque.

 


 

Debatendo-se ferreamente contra a oposição do presidente dos EUA, que o apodou de “comunista radical”, que ameaçou apoiar ao mínimo o financiamento da cidade, que intimidou com o envio da Guarda Nacional – Trump tem feito estes intimidatórios envios para Estados com governação dos Democratas – chegou ao ponto de anunciar na véspera das eleições que Mamdani “odeia os judeus” e que cada judeu que nele votasse “era um imbecil”.

Os nova iorquinos deram-lhe a resposta ao elegerem o primeiro “mayor” muçulmano da cidade, com 69% de votos.

Mas não foi apenas em Nova Iorque, mas  também na Virginia onde a democrata Abigail Spanberger ganhou com 56% de votos; em Nova Jérsia onde a democrata Mikie Sherril triunfou com 55%; na Pensilvânia onde o democrata Brandon Neuman terá ganho com 55,6% (ainda não oficializado).

O mesmo sucedeu nas eleições para “mayor” de cidades como Cincinnati, Atlanta, Detroit, Pittsburgo, etc, com a vitória, respectivamente, de Aftob Pureval, Andre Dickens, Mary Sheffield, Corey O’Connor…

Uma onda azul começa a emergir, evidenciando o descontentamento dos norte-americanos com a governação trumpista, insatisfação essa que ele tenta desvalorizar publicando na sua rede social privada,  “Truth Details”, que tais votações se deviam ao facto do rosto dele não constar dos boletins de voto e ao “shutdown” que está a paralisar a administração pública há 36 dias, no mais longo “shutdown” de que há memória.

Evidentemente que o egocêntrico lunatismo de Trump não vislumbra nos seus actos a mínima causa deste devastador efeito.

Vamos ver a continuação desta imprevisível saga…

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Publicado em Opinião