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Dicionário das Trincheiras

Um vírus não é um ser vivo. Aprende-se em Biologia. Aquela disciplina que se fosse obrigatória para todos e incluísse um bocadinho de Literacia para a Saúde, tornaria mais fácil a um povo inteiro obedecer a regras simples.

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    • 22:24 | Quinta-feira, 19 de Março de 2020
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    Vírus – não é um ser vivo. Aprende-se em Biologia. Aquela disciplina que se fosse obrigatória para todos e incluísse um bocadinho de Literacia para a Saúde, tornaria mais fácil a um povo inteiro obedecer a regras simples por poder compreender os porquês de algumas coisas simples como a importância de lavar as mãos e não tossir para cima dos outros.

    Amizade – o salvo conduto que permite identificar os iguais, a mesma tribo do mesmo lado da trincheira. Aquela atitude dos que nos perguntam o que precisamos, em vez de nos trazerem novos problemas, quando o mundo parece desabar.

    Amor em tempos de pandemia – terá de sobreviver à distância, ao cansaço, ao desespero.


    Crianças – as felizardas que escapam a quase tudo: à realidade e ao tédio dos adultos.

    Trump – a besta infra-humana que pretendia financiar uma vacina só para americanos??

    Cure Vac- empresa alemã fundada oficialmente em 2000, a primeira empresa do mundo a aproveitar com êxito o mRNA para fins médicos; pesquisa actualmente uma vacina para a cura de… sabem o quê, não é?

    SNS – o Serviço Nacional de Saúde nasceu em 1979, concretizando o direito à protecção da saúde, a prestação de cuidados globais de saúde e o acesso a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica e social. Foi um avanço civilizacional inacreditável. Não existe nos EUA e noutros países considerados “modernos”. Precisa de muito mais investimento, mas há muitas pessoas que acham que temos de ter menos Estado. A essas pessoas desejo agora que recorram apenas aos privados e deixem os hospitais públicos para os outros.

    Ruas – desejamo-las desertas, para travar a epidemia e sonhamos com o momento em que voltem a estar cheias: depende muito de nós. Ficar em casa, lavar as mãos, etc.

    Supermercados e farmácias – com filas à porta. Parece a Guerra. Felizmente não é.

    Consumo – o apelo dos cartazes publicitários com uma rapariga muito nova em roupa interior, de uma marca cara. Já era ridículo, agora é só inútil nas ruas sem pessoas. Um cartaz de papel a olhar o vazio.

    Poluição – a descida vertiginosa, primeiro na China e agora em Itália: as ironias da História…

    Teletrabalho– pratico diariamente desde 2011; como tudo na vida tem coisas óptimas e coisas menos boas. Conselhos práticos: mantenham as rotinas como se estivessem no local de trabalho.

    Crise económica – mais uma vez um susto que se avizinha para quem não trabalha no sector público.

    Democracia x Ditadura – o que iremos aprender sobre a forma como os países resolvem as suas crises sanitárias?

    Filosofia – Aquela disciplina que se fosse obrigatória para todos e não se esgotasse na História da dita, nos ajudaria a colocar questões pertinentes e a viver enquanto indivíduos e sociedade, melhor.

    Papel higiénico – um dos mistérios do comportamento humano no açambarcamento.

    Humanos – a precisar de novas versões melhoradas. Urgentemente.

     

    Paul Celan – “É tempo que a pedra se decida a florir, que ao desassossego palpite um coração.”

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