Notícia do jornal “Público” informa-nos de que nas anteriores eleições autárquicas “Dos 19 vereadores eleitos pelo Chega, 11 abandonaram o partido ou o cargo”.
58% de abandonos é uma percentagem elevada e põe claramente em causa a confiança que os sufragistas no Chega depositam.
O próprio André Ventura, que foi eleito em 2021 para a Assembleia Municipal de Moura, de 32 reuniões apenas esteve presente em 2. Esta atitude evidencia um grande desrespeito por aqueles que nele confiaram e lhe concederam o seu voto. Ademais, um precedente grave e um mau exemplo para os seus candidatos, que se revêm ao milímetro nas acções e atitudes do “chefe”.
Nas eleições do dia 12 de Outubro, o Chega irá eleger muitos dos seus candidatos. Espera-se que sejam conscientes do voto neles depositados e que concedam ao lugar a necessária dignidade para não se cair numa bandalheira sem precedentes.
Nos vários debates que decorreram nestes dias, recordo a título de mero exemplo um caso passado no concelho de Vila Nova de Paiva, que é ilustrativo do atrás escrito:
A postulante do Chega, cujo cartaz infra se reproduz, residente em Silgueiros, Viseu, não respondeu aos convites feitos para os dois debates prévios, o da Rádio Escuro e da Rádio Alive FM, faltando a ambos, debates esses que contaram com a activa, séria e consequente participação dos outros três candidatos, Paulo Marques pelo PS, José Morgado pelo PSD e Carolina Schut pela CDU, com o objectivo de informarem os votantes do concelho do seu programa eleitoral.
Ao que nos foi informado a candidata Maria não justificou a sua ausência e, se a falta a um dos debates poderia ter acontecido por qualquer situação imprevista à hora surgida, a falta também ao debate seguinte já não tem justificação plausível em que se sustente.
Mas, em boa verdade… desacreditar a Democracia e tornar o sistema num permissivo carnaval de máscaras não é também um dos objectivos deste partido?