Chegados ao que chegámos devemos pensar sobre o caminho percorrido.
Na verdade devemos à inteligência e à maldade de Marcelo Rebelo de Sousa a criação das condições que nos conduziram até ao ponto em que estamos.
Não consigo imaginar o gozo e o riso interior que esta personagem tem vivido e está saborear.
Dizem que o que fica dos mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa são os “afetos e as selfies”.
Nada de mais errado.
O que fica é uma situação difícil para a Democracia e uma subversão da Constituição.
Marcelo não hesitou um segundo em manipular os diversos momentos para poder dar asas aos seus delírios e maldades.
Como Presidente não hesitou em pôr em causa o Bem de Portugal e o cumprimento da Constituição, que jurou cumprir, para se colocar em destaque.
Sob a capa da colaboração intrometeu-se na governação.
Sob a capa da garantia do normal funcionamento das instituições dissolveu a Assembleia da República para criar cenários mais favoráveis ao seu ego ou imaginação.
Não teve pejo em distorcer a letra e o espírito da Constituição.
Não o teve quando dissolveu a Assembleia da República face à demissão de um Primeiro Ministro, com o pretexto malicioso e mentiroso de que as eleições legislativas o tinham eleito.
Não o teve quando transformou a aprovação do Orçamento de Estado em moção de confiança.
Quis ficar na história como o mais popular dos Presidentes e falhou.
Não foi o que alcançou maior votação.
Vai ficar conhecido como o Presidente do “caso das gémeas”.
Mas sai de barriga cheia.
Fez andar tudo num virote.
Dissolução atrás de dissolução.
Por nada e por … nada.
Desejo que não venha a ter o cognome de “O Coveiro“.