Aceito

Esta página utiliza cookies para melhorar o desempenho e a sua experiência como utilizador mais informação

A seca

Em algumas localidades de distritos mais afectados, já são os bombeiros que abastecem as populações, e algumas câmaras municipais seguem o expediente de abrir furos onde lhes cheira a água.

Tópico(s) Artigo

    • 14:56 | Segunda-feira, 08 de Agosto de 2022
    • Ler em < 1

    Ao que me parece, ainda não nos demos bem conta da situação grave que vivemos, no que ao abastecimento de água diz respeito. 48.9% do país está em seca extrema, 50.8% do país encontra-se em seca severa, e só 0.3% está em seca moderada.

    Em algumas localidades de distritos mais afectados, já são os bombeiros que abastecem as populações, e algumas câmaras municipais seguem o expediente de abrir furos onde lhes cheira a água.

    E, entretanto, começam a impor-se restrições ao uso da água, situando-o ao nível do indispensável.


    Numa frase, todo o país está em situação de seca, e ainda não estamos em meados de Agosto. E também não é suposto que neste mês, chova copiosamente e com regularidade, durante algum tempo contínuo.

    Se Setembro for seco, a situação poderá ser dramática, com reflexo nas culturas. O que me espanta é que, alertados para uma alteração profunda das condições climáticas e para a tendência do clima do Norte de África se vir a estender para o nosso território, nada de verdadeiramente infra-estrutural esteja a ser feito, de modo a diminuir, ou colmatar, o que, ouvindo os climatologistas, sabermos vir para ficar, precipitações cada menos frequentes e temperaturas cada vez mais elevadas.

    E, de tão avisados, nada há que explique este desacerto. Só a fé explica que assim se continue a desafinar.

     

    (Foto DR)

    Gosto do artigo
    Palavras-chave
    Publicado por
    Publicado em Opinião