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A Era do Fim da Privacidade

A via verde regista as viagens, os cartões de crédito cadastram compras, os motores de busca e as redes sociais monitorizam comunicações, páginas visitadas, preferências e contactos.

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    • 12:47 | Terça-feira, 15 de Abril de 2025
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    Vivemos tempos estranhos, acelerados e inquietos, nesta Era em que é comum partilhar praticamente tudo na internet, o que pensamos, o que fazemos, o que vimos, as últimas notícias sobre o tempo e mundo.

    A via verde regista as viagens, os cartões de crédito cadastram compras, os motores de busca e as redes sociais monitorizam comunicações, páginas visitadas, preferências e contactos.

    E os telemóveis, já não servem só para chamadas de voz e mensagens escritas, dão a nossa localização exata em tempo real.


    Portanto, para assegurar totalmente a privacidade teríamos de, no mínimo, evitar as estradas SCUT, fazer compras apenas em dinheiro, desligar a internet e usar um telemóvel obsoleto e com um cartão pré-pago. Mas, mesmo assim, não escaparíamos à monitorização estatal dos rendimentos, compras, propriedades e até da dos médicos e medicações prescritas pelo Serviço Nacional de Saúde.

    No século XXI já não é possível manter o anonimato, ser só comum a todos os restantes mortais e ter uma vida longínqua da vida irreal, esta na qual estamos quotidianamente presentes.

    Não teremos conhecimentos próximos dos do nível de um pirata informático, nem estamos dispostos a abdicar de várias comodidades a que este século nos presenteou, sendo praticamente irreversível manter o anonimato, nos dias de hoje.

    Será certo e seguro dizer que a privacidade morreu, não, não necessariamente, na verdade até existe privacidade, que é sempre admirável  no novo mundo, mas que nos distancia dele.

    A culpa não é da tecnologia, a culpa é nossa.  E o que fica por partilhar torna-se, assim, estranho, irreal, mas memorável.

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