A atração pelo mediatismo e o elogio do efémero

Neste início da segunda década do século XXI, este desejo de promoção social chegou ao poder autárquico, que passou a promover-se nas televisões de âmbito nacional, que cobram bem pelo serviço prestado.

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  • 10:02 | Quarta-feira, 02 de Setembro de 2020
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Há uns anos atrás, quando um empresário com algum sucesso e muita vaidade, um dandy com aspirações a político ou um empreiteiro endinheirado pretendia aparecer e dar-se a conhecer à escala nacional, pagava umas páginas nas revistas do social para ser entrevistado.

Esse trabalho de promoção social era quase um exclusivo do jornalismo que se dedicava ao social e às páginas cor-de-rosa.

Na primeira década do século XXI, algumas revistas da especialidade também passaram a fazer esse trabalho promocional. Foi assim que Zeinal Bava, aquele que agora tem larguíssimas falhas de memória, chegou a ser um dos melhores gestores do velho continente.


Neste início da segunda década do século XXI, este desejo de promoção social chegou ao poder autárquico, que passou a promover-se nas televisões de âmbito nacional, que cobram bem pelo serviço prestado.

Esta atração por aparecer nos média é paga com dinheiros públicos com o pretexto da promoção do território.

Nesta situação há uma espécie de dois em um: à boleia da promoção do território, promove-se inevitavelmente a imagem do autarca-mor, mesmo que o que há para mostrar seja o elogio do efémero.

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Publicado em Opinião