2021: Uma mantinha na mochila!

Num período crítico em termos de Covid19, inclusive na Escola, com vários alunos e professores infetados, juntando as temperaturas baixíssimas da época em que estamos, pode-se criar, graças à decisão da Direção, uma tempestade perfeita que poderá levar a resultados graves.

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  • 18:03 | Domingo, 03 de Janeiro de 2021
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Depois de o dia 1 de Janeiro nos ter brindado com um manto branco de neve, a recordar-nos que é efetivamente o Dia Mundial da Paz, eis que acordamos no dia 3 com um email por parte da Direção do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva. Um email muito caricato e até espirituoso, no qual nos desejam Boas Festas, “sobretudo com saúde”, para logo de seguida informar que a Escola se encontra em obras, com a substituição das condutas exteriores de aquecimento, não havendo por isso aquecimento na escola nos próximos dias.

Depois, com muita preocupação (!!!) aconselham que os educandos, a partir de amanhã, “devem vir prevenidos, designadamente a nível de agasalho”.

Vejo com estupefação que, na altura de maior frio, com temperaturas negativas, querem que os nossos educandos vão para a Escola mais agasalhados…


O rigor térmico existente em Vila Nova de Paiva não se coaduna com mais agasalhos, ou com mais prevenção. Aliás, a região está sob aviso amarelo por causa das temperaturas baixas.

Não havendo aquecimento seria do mais elementar bom senso não haver aulas.

Mais, é de uma grande irresponsabilidade da parte da Direção permitir, aceitar, que haja aulas.

Num período crítico em termos de Covid19, inclusive na Escola, com vários alunos e professores infetados, juntando as temperaturas baixíssimas da época em que estamos, pode-se criar, graças à decisão da Direção, uma tempestade perfeita que poderá levar a resultados graves.

Desta forma, não posso deixar de manifestar a minha maior indignação perante esta decisão da Direção da Escola, e apelar a que se reverta esta decisão, que se reúna com a Proteção Civil Municipal (já que há um aviso amarelo), no fundo, que se pense nas crianças e nas consequências que estes actos podem ter na saúde das mesmas.

É por estas e por outras que ter pessoas nos cargos decisórios, sejam quais forem, que não estão no Concelho, não moram cá, não vivem o dia-a-dia local e não sentem as suas dificuldades, não traz bons resultados.

É fácil visitar o Concelho ao fim de semana para passear ou dar umas corridas, já para ter o conhecimento profundo dos problemas é preciso vivê-los, senti-los na pele.

 

(Foto DR)

 

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Publicado em Opinião