Um presidente quase analfabeto

Talvez entrevíssemos um chefe de Estado como a referência que a todos nós e à Nação representava...

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  • 17:18 | Quarta-feira, 12 de Agosto de 2020
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Talvez tenhamos tendência em ver um chefe de Estado como um ente dotado de superiores qualidades e invejáveis competências;

Talvez essa imagem nos tenha sido criada e nos persiga desde há décadas e esteja hoje completamente anacronizada face aos tempos actuais, seus modismos e exigências;

Talvez entrevíssemos um chefe de Estado como a referência que a todos nós e à Nação representava;


Talvez o víssemos como um cidadão muito acima da média e que ascendia ao supremo estatuto pela sua inteligência, princípios e honradez.

Essa imagem desapareceu e foi substituída, nalguns casos, pelo vivaço cidadão comum, noutras pelo rebotalho da tribo.

Até a ignorância de assuntos basilares é hoje um atributo cimentado e, potenciado com a competência nata para a ardilosa e infame mentira, um “skill” precioso.

Ontem, na Casa Branca, Donald Trump, o paradigma do bárbaro ignorante bem-sucedido, já não surpreendeu ninguém ao falar da gripe espanhola, que segundo ele surgiu em 1917 e matou dezenas de milhões de pessoas, tendo acabado com a II Guerra Mundial (1939-45), pois todos os soldados estavam doentes e enfraquecidos. Ufa!

Representará este títere o comum cidadão norte-americano? Se a resposta for afirmativa estamos perante um perigo público e uma seriíssima ameaça à escala global, pois nada é mais arriscado e incerto do que a larvar ignorância colocada no comando de um povo.

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Publicado em Editorial