Somos todos uma manada de burros e/ou a banca é um puro sangue inglês?

  Não sei responder a esta questão, no título enunciada, naturalmente por limitações minhas que darão razão à dúvida manifestada. Nos últimos anos, os portuguesas têm sido vítimas penitentes da desenfreada cupidez, ganância, ambição e más práticas da banca, em geral. Segundo o ex-presidente da Autoridade da Concorrência ao Expresso os “desastres do BPN, BPP, BES […]

  • 17:09 | Sábado, 26 de Novembro de 2016
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Não sei responder a esta questão, no título enunciada, naturalmente por limitações minhas que darão razão à dúvida manifestada.
Nos últimos anos, os portuguesas têm sido vítimas penitentes da desenfreada cupidez, ganância, ambição e más práticas da banca, em geral.
Segundo o ex-presidente da Autoridade da Concorrência ao Expresso os “desastres do BPN, BPP, BES e Banif custaram 17, 1 mil milhões em cinco anos”, o que se traduz “no equivalente a 9,5% do PIB”.
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A RR diz ainda: “Sempre a somar em perdas. Têm sido assim os últimos anos para os contribuintes portugueses quando é a banca que aparece na parcela da conta.”
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Porém, apesar de todo este crónico, constante, sistemático descontrolo financeiro ainda encontramos situações que nos deixam muito perplexos, como esta, aqui desenrolada na nossa “Melhor Cidade para Viver”:
O Observador noticiava: “Montepio pede para ser empresa em reestruturação para facilitar saída de colaboradores
E acrescentava…
A Caixa Económica Montepio Geral levou a cabo, já este ano, um processo de reestruturação com venda de ativos e emagrecimento da estrutura (agências e trabalhadores) com o objetivo de melhorar a solidez da instituição e reduzir gastos. Através daquele processo saíram cerca de 350 pessoas, por pré-reformas, reformas antecipadas e rescisões amigáveis.”
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E porém, em singelo contraste, a Lusa noticiava:
Mais de 300 mil luzes começam a acender-se na sexta-feira na cidade de Viseu para assinalar a quadra do Natal, durante a qual haverá 43 dias de atividades, que custarão cerca de 200 mil euros.”
E depois rematava:
Segundo o autarca, dos 200 mil euros do orçamento (metade do qual assumido pela Associação Mutualista do Montepio), 74 mil euros dizem respeito à iluminação.”
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Provavelmente tudo isto é elementar e de fácil compreensão.
As administrações da banca privada agirão de acordo com suas directrizes e comprazimento.
Mas porque é que cada português tem que pagar 2 mil euros pelos seus últimos desmandos, acrescidos das provações traduzidas em impostos reais, que tal significa para a economia e para as finanças públicas?
Como é que o Montepio, com todas estas reestruturações e limitações, dá à CMV 100 mil euros para gastar em luzes de Natal?
Será este o Natal, também assim iluminado, de centenas de funcionários deste banco?
O que recebe o Montepio em troca destes 100 mil euros? Os movimentos da CMV? Os plafonds alcançados? Ou outras contrapartidas que nos transcendem?
Aquilo que eu sei, é que duma “delgadinha” conta que lá tenho, todos os meses me tiram 5 euros para despesas de manutenção e nunca recebi um cêntimo de juros. Pago para lá ter os meus dez réis de mel coado…
O dinheiro não dá para tudo nem para todos. Afinal não é o Montepio que paga as luzes de Natal, somos nós, os seus mais humildes clientes.

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