Rui Rio está acabado?

Mas foi mais longe e desta vez já não como o filho que chega ao pé do pai, reverente, a pedir a mesada, chegou-se a Rui Rio e … desculpem a expressão “meteu-lhe o dedo no nariz”!

  • 15:27 | Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2021
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A fazer fé no discurso pós resultados eleitorais do líder do Chega, Rui Rio, encostado à parede, vai ter que mostrar, como Houdini, os seus dotes de malabarista.

No seu inflamado discurso, a deitar petróleo em todas as fogueiras, num histerismo evidente e num deslumbramento atarantado, o líder do Chega usou de uma grosseria malsã, ressentida, violenta contra todos os seus opositores (terá poupado Mayan e Tino) mostrando bem o barro de que é feito.

Aliás, toda a sua actuação assentou, assenta e assentará na exploração até ao osso do ressentimento dos portugueses, no acicatamento do ódio, na propagação de medo. Uma vez mais o deixou inequivocamente claro na noite de 24 de Janeiro.


Mas foi mais longe e desta vez já não como o filho que chega ao pé do pai, reverente, a pedir a mesada, chegou-se a Rui Rio e … desculpem a expressão “meteu-lhe o dedo no nariz”!

Ameaçou com veemência assertiva e imperiosa de que, a partir de hoje se o PSD quiser ser governo tem que pedir com jeitinho ao Chega a calçadeira.

Aliás, convém não esquecer de onde vem este político. A sua matriz primicial terá sido o próprio PSD de onde saiu agastado a formar o Chega. Como Benito Mussolini, passe o exagero da comparação e o agoiro, socialista convicto e director do seu órgão oficial “Avanti”, que ao ser expulso do partido socialista foi fundar o Partido Nacional Fascista e criar o seu próprio jornal “Il Popolo d’Italia”. O resto sabemos como acabou: uma carreira meteoricamente ascensional até ser fuzilado com a mulher da altura, e os seus corpos pendurados pelos pés expostos, durante vários dias, na praça Loreto, em Milão.

Rui Rio que se deleitou com a aliança açoriana vai ter agora que ajoelhar e implorar. Como diz o homem do Chega “E é se quiser!”

Em Viseu e para as autárquicas que serão em Setembro/Outubro deste ano, com os 5 mil votos agora granjeados, que permitiriam eleger um vereador, não faltarão candidatos para a autarquia, cientes de que, para as próximas legislativas, à laia de recompensa por bons serviços prestados, podem vir a ser deputados da Nação, os novos Calisto(s) Elói de Silos e Benevides de Barbuda, de “A Queda de Um Anjo”.

Ademais, se e neste contexto tivermos ainda em conta o desaparecimento do CDS-PP e a pouca expressividade eleitoral da Iniciativa Liberal.

(Foto DR)

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