RIR PARA NÃO CHORAR? Para isso era preciso ter vergonha..

    Enquanto nos debates parlamentares Portas, tal efebo histérico, com a chocarreirice de que faz ademane e escudo, vai graçolando a boçalidade embrulhada num celofane de pseudo-humor, Coelho, esse, ri-se muito. Não sabemos bem de quê, porque a rir-se, de si próprio e da má governação empreendida, já era assaz triste a figura. Talvez […]

  • 15:50 | Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2015
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Enquanto nos debates parlamentares Portas, tal efebo histérico, com a chocarreirice de que faz ademane e escudo, vai graçolando a boçalidade embrulhada num celofane de pseudo-humor, Coelho, esse, ri-se muito. Não sabemos bem de quê, porque a rir-se, de si próprio e da má governação empreendida, já era assaz triste a figura. Talvez ria por adereço, sem jeito nem outra consentânea postura com seus desastrados cometimentos. Ou talvez o riso, que na voz sábia do povo é sinal de “pouco siso”, seja apenas o gargalhear pranteado do seu patético e anedótico governo de 11 dias, com o qual, enfim, entrou para a História da democracia lusitana.
 
O caso Banif – mais um a juntar ao BPN, BPP, BES… – é paradigmático exemplo da pantomina feita “floresta de enganos” com que brindou os portugueses nos quatro anos que o Povo lhe concedeu.
Com a cumplicidade do governador do Banco de Portugal, “sem comentários para evitar ruído”, Maria Albuquerque dixit – quem cala consente – cobriu-se com um estranho e lesivo manto de ensurdecedor silêncio mais este drama que poderá configurar mais um assalto aos contribuintes de 1.200 milhões de €.
Tudo sabendo há já três anos, foram deixando avolumar a “agonia” para e num ano de eleições projectarem a mentira sobre o eleitorado, escondendo-lhe a verdade crua dos factos que seria previsível veículo da derrota.
Uma em tantas. Será disso que troça o “irrevogável” líder do CDS? Será nesse leito amortalhado de desgraça que ecoa o alvar riso de Coelho?
Quanto ao boss do BdP, o qualquer-coisa-Costa, esse deveria ser julgado pelo seu envolvimento habilmente desastroso nos casos BES e Banif, como o deveria ter sido – e não foi – o qualquer-coisa-Constâncio acerca dos casos BPN e BPP. É que estes protagonistas – os que consentiram – são sempre agraciados com comendas & prebendas. Por isso, enquanto homens próximos do poder, sabem que a recompensa chegará, mais tarde ou mais cedo, por uma via ou outra menos próxima, algures da Bélgica et all.
O mesmo sucede quanto a recompensas milionárias dos administradores bancários que, apesar de toda a traição ao bom rigor funcional que lhes é exigido, tergiversam dolosamente e, de castigo, recebem sempre os “30 dinheiros”.
É que continua a haver um incontornável facto de difícil compreensão: Porque é que a Banca – “vaca louca” da desgovernação financeira mundial (ou não?!) – que não paga juros por depósitos à ordem, antes cobrando comissões, que paga 0,5 ou 0,7% dos depósitos a prazo e empresta o dinheiro dos depositantes a 7 ou 12%, ao invés de estar falida não está “podre” de rica, nesta sua contumaz agiotagem quotidianamente persistente?
 

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Publicado em Editorial