Os Henriques serão primos?

  Os portugueses deviam ser como a Natureza. Cansada de ser agredida, revolta-se e faz sentir a todos a sua indignação. Mas não, somos uma brisa cálida em noite amena de estio… Está uma figuração de Dom Afonso Henriques numa rotunda de Viseu. Ainda não formei cabal opinião. Para já guerreiro, tem elmo, escudo, espada […]

  • 9:29 | Domingo, 27 de Abril de 2014
  • Ler em 2 minutos

 
Os portugueses deviam ser como a Natureza. Cansada de ser agredida, revolta-se e faz sentir a todos a sua indignação. Mas não, somos uma brisa cálida em noite amena de estio…
Está uma figuração de Dom Afonso Henriques numa rotunda de Viseu. Ainda não formei cabal opinião. Para já guerreiro, tem elmo, escudo, espada e veste-se de Portugal. Até do Portugal que ainda não era. É curto de espada e longo de escudo. Não lhe descobri a cabeça. Se tivesse cabeça viria para cá?
Estranho mesmo é Almeida Henriques ainda não ter capitalizado a coisa e dizer que veio pela qualidade de vida.
E não serão eles, Afonso e Almeida, os Henriques, primos em 886º grau? Tantos quantos vêm de 1128 a 2014?
Abril está de meia-idade. Entrou nos “entas”. Esperemos se mantenha coerente e firme.
Ao contrário de Assunção Esteves, que de repente, com as orelhas a chegar às omoplatas, se tornou “capitanista” e, virando o disco ao contrário, começou a cantar trovas ao vento que passa e o Fado dos Capitães.
Caiu em si e percebeu que um presidente da Assembleia da República, mesmo sendo eventualmente “ligeirinho”, não o deve parecer.
Aníbal, ao contrário do general e estratega cartaginês que os corria à espadeirada, veio fazer-se de zangado. Rábula que todos apreciaram muito. Menos Jerónimo de Sousa, que está farto de “hipócritas”.
Em Sernancelhe, Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal, provou que os Homens com maiúscula são coesos até ao fim.
Por isso, no seu discurso, fala “no estado social tão maltratado”, alerta as gentes para “não se deixarem manipular” e remata com este lapidar conselho:
O nosso povo tem um guião formidável que são os 55 artigos da Constituição Portuguesa. Do 24 ao 79, que são os Direitos, Liberdades e Garantias. Nós devemos estudar isto como quem estuda a doutrina para fazer a 1ª comunhão. A família deve reunir-se e estudar o que lá está: os Direitos Humanos. É o Evangelho em linguagem do nosso tempo.”
Palavras para quê? É um Homem a falar. Matriz Dom Afonso Henriques, com cabeça.
Percebem porque é que esses “modernaços” ultraliberais querem alterar urgentemente a Constituição? A resposta está ali…
Porque esses artigos citados, os que consagram os Direitos, Liberdades e Garantias são um estorvo para os seus crápulas desígnios de malfeitores.

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial