O Montepio segundo Rendeiro: a próxima salsada?

    João Rendeiro tem um blogue intitulado “Arma Crítica” cujo título é já e de per si uma pouco subtil indicação sobre o seu conteúdo. Porém, a liberdade de expressão é soberana e é graças a ela que todos nós vamos exprimindo os nossos pontos de vista, as nossas opiniões… Num dos seus últimos comentários, […]

  • 0:17 | Domingo, 10 de Maio de 2015
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João Rendeiro tem um blogue intitulado “Arma Crítica” cujo título é já e de per si uma pouco subtil indicação sobre o seu conteúdo. Porém, a liberdade de expressão é soberana e é graças a ela que todos nós vamos exprimindo os nossos pontos de vista, as nossas opiniões…
Num dos seus últimos comentários, sob o título “Montepio Insolvente”, Rendeiro tece taxativos comentários acerca da falência deste banco que denomina de “instituição de economia social”, tentando colá-lo à “esquerda”. Belo eufemismo.
Rebola-se muito no Mutualismo e na solidariedade para concluir que o Montepio “jogou à roleta com os humildes recursos da Associação Mutualista.”
Fala ainda em “muita esquerda” ou “populismo barato” para quem “todos os banqueiros são gangsters encartados” e o “Montepio dinamite político”. Montanhas de material bélico, convenhamos…
Também não se coíbe de afirmar que “todos os bancos mutualistas estão em extinção por todo o Mundo”. Como eventual solução propõe a “desmutualização do Montepio” para enfrentar a realidade: “Não há dinheiro”. E nós perguntamo-nos perplexos: onde está? Para onde foi?
Depois de muitas considerações, entre o discutível e o aceitável, conclui: “O Montepio precisa urgentemente de aumentar o capital no mínimo uns € mil milhões e mudar a Administração”. Mas se não há dinheiro…? De aumentar o capital mas… “Quem no seu bom juízo vai investir no Montepio?”, questiona-se João Rendeiro… sem faltar com críticas severas ao Banco de Portugal e Carlos Costa, falando de “Supervisão Bancária “ e do responsável, o “patarata principal”.
Por aqui fora há muitos “mas”…
Porém Rendeiro sabe do que fala. Rendeiro foi condenado por insolvência culposa do Banco Privado Português que fundou. Mais ainda ficou inibido de exercer qualquer actividade bancária durante dez anos e foi obrigado ao pagamento de 1.995.191,58 Euros.
É caricata, no mínimo, esta posição de João Rendeiro.
Por mais razões em que se estribe, há uma a montante de todas que deveria valer como super argumento: com tanta sólida ciência teórico-económica e de boa gestão bancária, porque não a aplicou com sensatez e rigor a devido tempo e no ”seu”  BPP?
Parece que estamos perante um treinador de bancada, com todas as regras e estratégias do “match” na cabeça, mas que no relvado…
E já agora uma pergunta para quem a ela saiba responder: Em Portugal, mutualista é só o Montepio? E em que estado estão as restantes instituições deste tipo?
Ler aqui, na íntegra…
 

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