Ó Manel Joaquim, "se nós queremos vencer na vida…"

  O feriado do 1º de Maio calhar a uma 6ª feira foi a melhor “prenda” dada aos trabalhadores. Porque já ontem abordei este tema, passo adiante.   Amanhã decorrerá a Convenção Autárquica do PS, em Cinfães. Decerto congregrá a “nata” dos autarcas do distrito e as suas conclusões serão fundamentais para o esperado ”norte” […]

  • 18:11 | Sexta-feira, 01 de Maio de 2015
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O feriado do 1º de Maio calhar a uma 6ª feira foi a melhor “prenda” dada aos trabalhadores. Porque já ontem abordei este tema, passo adiante.
 
Amanhã decorrerá a Convenção Autárquica do PS, em Cinfães. Decerto congregrá a “nata” dos autarcas do distrito e as suas conclusões serão fundamentais para o esperado ”norte” da Federação.
 
Passos Coelho na sua lufa-lufa eleitoral foi a Aguiar da Beira inaugurar uma queijaria (?) e, coitado do homem – não merecia a partida que lhe pregaram – dar de caras e na primeira fila com o ex-ministro de Cavaco, Dias Loureiro.
No filme é notória a sua primicial desorientação. Depois, com algum sangue-frio, lá consegue deitar mão ao leme e tartamudear o seguinte discurso em honra e louvor da personagem:
“Conheceu mundo, é um empresário bem-sucedido, viu muitas coisas por este mundo fora e sabe, como algumas pessoas em Portugal sabem também, que se nós queremos vencer na vida, se queremos ter uma economia desenvolvida, pujante, temos de ser exigentes, metódicos”, afirmou Passos Coelho sobre Dias Loureiro, e acrescentou que “cada dinheiro que é aplicado tem de render o suficiente para pagar a quem investiu, a quem forneceu esse financiamento, a todos aqueles que participam no processo produtivo”.
 
Ficámos esclarecidos. Quando o primeiro-ministro faz o panegírico do tão polémico ex-ministro dos Assuntos Parlamentares e da Administração Interna, ex-conselheiro de Estado de Cavaco tão ingloriamente envolvido em casos como o do BPN e etc., poder-se-á conjecturar muita coisa e que vai desde a solidariedade partidária, “noblesse oblige“, à origem local de Dias Loureiro que “jogava em casa” ou, então, in extremis, à farinha de análogo saco…
Dias Loureiro, em período de “defeso”, deveria ter a sensatez de resistir aos impulsos mediáticos que lhe vão na alma e, se em Aguiar da Beira, deveria ir jogar à sueca com os seus conterrâneos ou, então, se em Cabo Verde, deveria ir gerir o seu império de negócios, discreta e afanosamente a partir do seu lux resort .
Assim, criou um embaraço desnecessário ao primeiro-ministro em campanha eleitoral e ensombrou, desnecessariamente, o momento “gold” da queijaria local.
 
Às vezes, tanta pantomineirice dá para pensar se este país não é senão um mega palco de uma pequena e mera ópera bufa…
ver aqui… com a devida vénia ao autor:


passos foi inaugurar uma queijaria industrial. de repente, surpresa, encontra dias loureiro e solta o que lhe vai na alma a propósito desse "empresário bem sucedido", que "viu muitas coisas por esse mundo fora", e que nos ensina que temos que ser "exigentes" e "metódicos". faltam seis meses para as eleições e já não há palavras para "isto".

Gepostet von Pedro Sales am Donnerstag, 30. April 2015

 

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