Mais um escandaloso aumento das taxas de juros

O PCP propõe, e muito bem, que estes lucros extraordinários de milhões de milhões deitados no regaço da banca sejam canalizados para suportar o aumento das taxas de juro à habitação.

Tópico(s) Artigo

    • 11:06 | Sexta-feira, 15 de Setembro de 2023
    • Ler em 2 minutos

    A madame Lagarde, do BCE, a pretexto da sua cruzada contra a inflação, semana sim, semana não, aumenta as taxas de juro dos empréstimos, cevando assim escandalosamente a banca, que naturalmente serve, e tirando o tecto a milhares de portugueses que já não conseguem suportar este ataque cerrado e recorrente às suas depauperadas carteiras. É o 10º aumento em poucos meses…

    Com esta “manigância”, com esta pretextada caução nobre dada a uma moral cínica, a nédia banca tem os seus cofres a regurgitar com o dinheiro dos pobres saqueados.

    O PCP propõe, e muito bem, que estes lucros extraordinários de milhares de milhões deitados no regaço da banca, sejam canalizados para suportar o aumento das taxas de juro à habitação.


    Gostaríamos de ver a anuência a este desiderato dos principais partidos políticos, que nem atam nem desatam, receando enfrentar uma das fontes de inúmeras desgraças da economia portuguesa: a banca que se serve sempre do dinheiro dos portugueses. Ou recorrendo a ele por via dos impostos quando está aflita, sorvendo milhares de milhões, ora saqueando-o quando, como no concreto caso, tem uma insaciável adjuvante de peso na pessoa da presidente do BCE.

    Por seu lado, o BE, e muito bem, quer saber o que se passa com os impostos devidos pela venda milionária das seis barragens pela EDP , em 2020, à Engie, Crédit Agricole e Mirova, num montante de 2.2 mil milhões de euros.

    A líder do BE avisa acerca desta inacreditável situação de eventual fuga ao fisco, com possível conivência da entidade que o tutela. Por isso, quer ouvir urgentemente a directora-geral da AT e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Em causa está mais de uma centena de milhões de euros.

    O leitor e todos nós, comuns mortais, bem sabemos o que acontece quando se falha o pagamento de um imposto, por exemplo do IUC, que pode, in extremis, desencadear uma penhora de bens. Porquê esta diferença de atitudes com a EDP? A EDP que Mariana Mortágua acusa de já “fazer leis neste país”…

    Atitudes deste teor, inexplicáveis à luz da legislação em vigor, desacreditam a AT, forte com os fracos e fraca com os fortes, mas desacreditam também, e muito, um governo que permite situações ambíguas e discricionárias deste teor.

     

    (Fotos DR)

    Gosto do artigo
    Publicado por
    Publicado em Editorial