Le Brave Gaulois

    Monsieur Hollandidéefix quer uma Europa comandada pelos grandes cérebros (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Holanda)  de seis dos vinte e oito países que integram a União (?) Europeia. Critérios? Para já, tantos como os insondáveis e sarilheiros ventos que sopram em Montmartre ziguezagueando pelo Eliseu: frios e marciais. Porque hão-de ficar vinte e […]

  • 23:24 | Segunda-feira, 20 de Julho de 2015
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Monsieur Hollandidéefix quer uma Europa comandada pelos grandes cérebros (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Holanda)  de seis dos vinte e oito países que integram a União (?) Europeia. Critérios? Para já, tantos como os insondáveis e sarilheiros ventos que sopram em Montmartre ziguezagueando pelo Eliseu: frios e marciais.
Porque hão-de ficar vinte e dois de fora? Porque Hollandidéefix le Gaulois assim o sonhou (ou a Valquíria Teutónica por ele), assim o desenhou e assim o quer implementar.
Dois dos países opositores mais beligerantes de duas guerras mundiais enfim unidos num glorioso se bem que tardio matrimónio. E os aliados de outrora, idem aspas, com a Itália a lutar agora no mesmo campo da Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
A Holanda tem lá o conterrâneo presidente do BCE. É um critério.
O Luxemburgo, onde vivem os “burgueses de luxo”, tem aos comandos da Europa um senhor Juncker, ex longevo primeiro-ministro, e dá muito jeito como paraíso fiscal para escoamento/branqueamento dos biliões de euros escamoteados aos outros estados. É outro critério.
A França tem a aguerrida Lagarde… Mais um critério.
A Itália não desdoura com o Grande Mario. Critério quanto baste.
 
Hoje, a Grécia recebeu por segundos milhões de milhões que logo entregou, piedosa e religiosamente aos agiotas que lhos emprestaram (FMI, BCE…) e a quem ficará a pagar por uma olímpica eternidade os juros de tão boa acção.
 
É esta a Europa de aios e amos, lacaios e senhores, serviçais e patronos onde, segundo le Brave Gaulois (ou será frau Merkel e herr Schäuble?) quatro países passarão a ser os cabeça-de-turco de dois para domínio absoluto dos restantes vinte e dois.
Isto, não sendo fácil, não é difícil… Ou melhor, não sendo difícil não é fácil.
 

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Publicado em Editorial