A imoralidade e/ou amoralidade de Coelho & Portas

  Uma rápida vista de olhos pelo Orçamento para a Assembleia da República que foi aprovado há menos de um mês (25 de Outubro), na rubrica para o seu funcionamento deixa ver um aumento global de 4,99% nos vencimentos dos deputados, passando de 9.803.084,00€ para 10.293.000,00€. Os seus subsídios de férias e de Natal, relativamente […]

  • 12:28 | Quarta-feira, 19 de Novembro de 2014
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Uma rápida vista de olhos pelo Orçamento para a Assembleia da República que foi aprovado há menos de um mês (25 de Outubro), na rubrica para o seu funcionamento deixa ver um aumento global de 4,99% nos vencimentos dos deputados, passando de 9.803.084,00€ para 10.293.000,00€. Os seus subsídios de férias e de Natal, relativamente ao ano transacto, têm um aumento de 91,8%, passando de 1.017.270,00€ para 1.951.376,00€.
Estes números apenas são significativos na e pela abjecta realidade que transmitem e perante um país vendido, um país de indigência, um país de despedimentos e de carências de todos os tipos. Mas decerto que não para os senhores deputados da nação.
Entretanto, este povo abúlico que só vibra com o futebol, ou por ele liberta suas angústias e frustrações, alheia-se de tudo, desunido, apático e indiferente. A cada dia que passa, aperta dois furos no cinto, vê duas telenovelas e vai para a cama com a barriga mais colada às costas.
E porém, este governo dos patrões, dos mercados e da geração dos neo milionários, após 3 anos dos maiores sacrifícios infligidos e aumentos de impostos quase mensais, que saldo tem da sua brutal incompetência?
 
O Barómetro da Crise do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, através do seu Observatório sobre as Crises e as Alternativas,  dá nos a resposta:
“Os objectivos da consolidação orçamental falharam;
A recessão aprofundou-se;
A despesa pública aumentou;
A protecção social é menos acessível e de menor qualidade;
O défice não reduziu;
A colecta fiscal é injustamente repartida;
Estas políticas de consolidação ao forçarem o reequilíbrio contraíram a actividade económica…”
(…)
Como se não bastasse, soube-se que em resultado do falhanço da  consolidação orçamental, as gorduras do Estado aumentaram para mil milhões de euros…
 
É esta a política-maravilha de Coelho, Portas & algozes.
Aos poucos, o verdadeiro rosto por detrás das máscaras vai-se tornando visível. Entre escândalos e fracassos, a sua política está à vista. A política da mentira, do engano, do engodo, do cinismo e da malfeitoria.
E ainda faltam 11 meses…!

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Publicado em Editorial