A “banhada” do executivo viseense…

  Como afirma o compadre Zacarias “Um executivo lavadinho e em público, para todos vermos, é um caso inédito nacional… Tivesse o Isaltino estes hábitos…!” Vivemos tempos bizarros. Mediáticos. Tudo é motivo para dar nas vistas. Até as nobres causas… O executivo autárquico viseense resolveu lavar-se em público. Um direito que lhe assiste nesta sua […]

  • 11:25 | Terça-feira, 26 de Agosto de 2014
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Como afirma o compadre Zacarias “Um executivo lavadinho e em público, para todos vermos, é um caso inédito nacional… Tivesse o Isaltino estes hábitos…!”
Vivemos tempos bizarros. Mediáticos. Tudo é motivo para dar nas vistas. Até as nobres causas…
O executivo autárquico viseense resolveu lavar-se em público. Um direito que lhe assiste nesta sua higiénica cruzada. Os gregos e os romanos não praticavam já os banhos colectivos?
Apareceu então a malta numa espécie de estrado de madeira semelhante a um patíbulo (que até nos fez pensar numa execução jihadista) e a pretexto da luta contra a esclerose, à laia de “macaquinhos de imitação”, resolveram fazer agenda, filmar o acto e mostrar um executivo gaio e limpo. Faltou o sabão amarelo…
Li algures um comentário que subscrevo: “Se querem ser solidários porque não dão um mês de salário?” Porque não! Porque a vida custa a todos e um acto destes, além de transparente, promocional e muito “in”, passa uma imagem moderna, missionária, empenhada, solidária e… mais importante ainda – que este executivo tem tão bom coração que até se filma a tomar banhinho, se os meios justificarem os fins ou os fins os meios.
Espera-se que, nesta lógica de coerência, o próximo acto seja pelos sem-abrigo de Viseu e num mergulho no Pavia, à Ribeira.
Nota: Para que as pessoas não pensem que o Mestre Guilherme Almeida é a “ovelha negra” do rebanho, para a próxima “banhoca” concedam-lhe um balde da mesma cor. É que isto de todos usarem um balde vermelho e ele um verde, pode ser mal interpretado até pelo célere conselho científico do ISCTE ou pela IGE…  E se os vermelhos esgotarem, dêem um amarelo à Cultura e sempre fica uma “banhada” à portuguesa, com certeza, ao som do Hino Nacional, naturalmente.

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