2019 está já aí e algumas cadeiras do poder local nem vão aquecer…

  As próximas eleições serão as legislativas, aí para meados de setembro ou outubro de 2019. O presidente da República até já mostrou interesse que a ela se juntassem as europeias, provavelmente para poupar meios e dinheiro e evitar que a abstenção aumente na medida em que o interesse diminui. Um pouco por todo o […]

  • 10:49 | Domingo, 15 de Outubro de 2017
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As próximas eleições serão as legislativas, aí para meados de setembro ou outubro de 2019. O presidente da República até já mostrou interesse que a ela se juntassem as europeias, provavelmente para poupar meios e dinheiro e evitar que a abstenção aumente na medida em que o interesse diminui.
Um pouco por todo o país, andamos a assistir à tomada de posse dos membros eleitos para os órgãos autárquicos a 1 de outubro do corrente e que estarão em funções até 2021. Alguns… porque outros, mormente um punhado deles em derradeiro mandato, já estão a acelerar os motores para, em 2019, mudarem de rumo e ares.
Haverá quem venha dizer que esta estratégia de revira-e-volta com assento na política, local ou central, é uma pouco virtuosa forma de enganar o eleitorado que neles votou para quatro anos e não para dois, no eleitorado que votou num cabeça de lista, mais do que na equipa que congregou em seu redor…
Todas essas congeminações são possíveis. Contudo, os políticos que por aí andam, na sua maioria, têm bem presente que, a partir de determinada altura há que fazer pela “vidinha” e encontrar alternativas ao poder autárquico ou até legislativo, como foi o caso de António Borges, que ao sair da câmara de Resende por imperativos da lei de limitação de mandatos se atirou à federação do PS Viseu para poder indigitar os deputados a seu belo agrado, claro está, com ele em segundo lugar, depois de Maria Manuel Leitão, que entretanto “abraçou” o ministério da Modernização Administrativa, o colocar à frente dos três deputados distritais.
O que durou pouco tempo, percebendo-se agora a estratégia definida a médio prazo, pois o lugar de deputado, na sua efemeridade, não se compara a uma mais duradoira sinecura na administração das privatizadas águas do Douro e Paiva.
Este é um mero exemplo dos ziguezagues do carreirismo político-partidário, como o é de outros viseenses que andaram na política até lhes sair a “sorte grande” na indústria da aspirina, quejandos e similares. O que nos desgosta imenso, pois julgávamos estar perante lídimos missionários da “causa pública”, e hoje, desiludidos, percebemos que a “causa pública” não vai além do “EU-EU-EU… e depois, EU, ou um ‘irmão’ meu!”
2019 chega num instante e todos aqueles que intentam redirecionar-se para o Palácio de S. Bento já começaram a definir quem os vai substituir à cabeça das listas das suas autarquias.
E será aí que iremos ver os “elevadores” em movimento ascensional, entender a lógica subterrânea da constituição de muita lista, e os números seguintes e abaixo dos seguintes – porque não? – a guindar-se à presidência de muita autarquia por esse país fora, sem ética e sem moral nem mérito.
Cá estaremos, com toda a atenção para assistir de camarote aos “Bailinhos da Madeira” e ao “Pauliteiros de Miranda”, no contexto,  em trauliteiros travestidos.

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