PSD tira a confiança politica ao vereador Pedro Ribeiro. E daí?

O que levou João Paulo Gouveia, presidente da concelhia local e actual líder da oposição PSD por renúncia de Ruas, em nome de um direito e ética que lhe assiste, mesmo se defraudando com a sua atitude a confiança daqueles que nele votaram, a afirmar: “Quem é eleito por um Partido e, posteriormente, o abandona para servir outro projeto político, falha com a ética democrática e com a confiança dos que o elegeram.”

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  • 18:51 | Terça-feira, 04 de Novembro de 2025
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Esta noite, a oposição ao executivo viseense encabeçado por João Azevedo (PS) adormeceu com muita dificuldade, atacada por tremores de fervente raiva, azia estomacal, arritmias violentas e, em nome da apregoada e circunstancial ética, assaltado por virulentas crises e endemoniadas convulsões sentidas por assalto e mácula da moral, da poluta probidade e da apregoada integridade à prova de bala em vigor.

Ao que se consta, o vereador eleito pelo PSD e vereador do anterior executivo capitaneado por Fernando Ruas, Pedro Ribeiro, aceitou o desafio de integrar o actual executivo com o pelouro do Ambiente.

O que levou João Paulo Gouveia, presidente da concelhia local e actual líder da oposição PSD por renúncia de Ruas, em nome de um direito e ética que lhe assiste, mesmo se defraudando com a sua atitude a confiança daqueles que nele votaram, a afirmar: “Quem é eleito por um Partido e, posteriormente, o abandona para servir outro projeto político, falha com a ética democrática e com a confiança dos que o elegeram.


Talvez aqui existam pesos e medidas diferentes. Os especialistas em ética política que se pronunciem.

A lista de João Azevedo elegeu quatro elementos, o presidente e três vereadores. A lista do PSD, com menos aproximadamente 700 votos, elegeu 4 vereadores. A lista do Chega elegeu um vereador.

Contas feitas, a oposição a João Azevedo, lesta apontou carabinas e, no amplo direito democrático, esfregou as mãos de satisfação, sabendo que, com uma ajudinha do Chega (4+1) teriam o número de votos suficientes para infernizar o mandato do executivo eleito e, no bota-abaixo politiqueiro, reprovar as medidas a implementar.

O que, em nome da tal ética política, se prepararão agora para implementar como plano B na Assembleia Municipal chefiada por Mota Faria, acolitado por Pedro Alves.

João Azevedo, ao convidar Pedro Ribeiro foi  movido pela imperiosidade de encontrar estabilidade política a fim de dar resposta aos eleitores que lhe deram a vitória, acreditando que o concelho de Viseu ficaria em boas mãos para fazer melhor que o anterior executivo de Ruas.

Pedro Ribeiro, ao aceitar, tomou uma decisão difícil, ponderada, com pesadas consequências que já se verificam nos violentos ataques de que está a ser alvo, numa atitude, também, em prol de Viseu.

Gouveia fala de incoerência do actual presidente da Câmara, numa perspectiva muito clubista de quem estava pronto para inviabilizar medidas e projectos, talvez em nome da tal invocada ética, esquecendo-se do que aconteceu nas listas de algumas freguesias e daquilo que Ruas fez, em 1989, ao convidar para o seu executivo o vereador do PS, Jorge Carvalho.

Nas redes sociais leem-se análises interessantes, como esta do cidadão Carlos Marques:

“Linhas vermelhas são a grande idiotice criada pelos partidos políticos. Se a estabilidade governativa estiver em causa, TODOS os acordos, com todos os eleitos dos diferentes quadrantes, são bem-vindos. Só assim, a hipocrisia que norteia os partidos políticos e destrói a Democracia poderá não cair, genericamente, na imbecilidade.”

Entretanto, num direito que lhe assiste, a concelhia de Viseu do PSD retirou a confiança política a Pedro Ribeiro, que, em boa verdade, não precisa dela para nada.

Também o Chega, pela voz da presidente da concelhia, vem manifestar estranheza, afirmando “Esta atitude representa um golpe na confiança dos eleitores e uma demonstração de que, para corrompido e corruptor, o interesse pessoal fala mais alto do que a ética e a coerência política.”

Claro está que o Chega, em matéria de ética política e coerência comportamental, é um campeão nacional de créditos bem firmados, acrescentando ainda a presidente da concelhia “Reafirmamos o nosso compromisso com uma oposição responsável, mas intransigente, ao serviço de Viseu e dos Viseenses”, mas esquecendo-se que no decurso dos últimos 4 anos, como deputada municipal, se destacou pela cronicidade das suas faltas às reuniões daquele órgão autárquico.

Enfim, todos de boca cheia com a “ética”, o que não é difícil, mas com actos dela por vezes bem distantes…

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Publicado em Opinião