Nesta fotografia, a fenda estreita entre a parede e a coluna faz sobressair o grão da pedra e as volutas desta — nas quais nunca reparamos — e o granito do fundo, da parede, acamado.
Os ‘puncta‘.
Curiosamente, já recebi algumas mensagens de amigos/conhecidos viseenses a perguntarem do topos (hoje dir-se-ia coordenadas) de algumas das imagens: em pleno centro histórico de Viseu, na zona circundante da Sé.
E porquê o advérbio de modo que inicia o parágrafo?
Porque as pessoas, na sua generalidade, perderam a visão. Olham mas não vêem.
Hoje, o olhar está de tal modo subjugado a um dirigismo alheio que no-lo manipula, que desperdiçou (forma de perdição), atrofiou a autonomia ou liberdade da busca.
O olhar brutalizado, não alegoricamente vendado como a Justiça, mas pior ainda, antolhado como aos equídeos de tiro de um passado próximo…
Se só se deve ver num sentido, ou um sentido, perdemos a polissemia do observado pelo condicionamento ou perda da acuidade visual
Nas trevas, que nos desfocam ou geram opacidades várias, deixamos de vislumbrar os mistificadores e a sua plurivocidade equívoca, geralmente prestidigitadores, de dedos prestes a gerar a ilusão.