Aceito

Esta página utiliza cookies para melhorar o desempenho e a sua experiência como utilizador mais informação

A “excelência politiqueira”

É gente desta que arrasta na lama pútrida, tomando-se o todo pela parte, muitos políticos de inegáveis qualidades e inquestionável seriedade. O povo é mais singelo quando conclui: “Paga o justo pelo pecador”. Mas pior mesmo é o pecador tomar-se por justo e fazer passar os justos por pecadores.

Tópico(s) Artigo

    • 17:02 | Quinta-feira, 04 de Fevereiro de 2021
    • Ler em < 1

    Para descrédito da classe há uns políticos de bastidores que supõem ser o mérito sinónimo de “amiguismo” e o “amiguismo” o summum bonum” das virtudes.

    Como se não bastasse esta dislexia semântico-cognitiva, arrogam-se a competências decisórias e discricionárias para as quais, nunca, em circunstância alguma, deram provada prova de o fado para tal os ter dotado. Mais bizarra ainda é a capacidade ilusionista que crêem ter da invisibilidade, julgando-se protegidos por uma opacidade sombria, mas que mais não é senão frágil vidro translúcido por onde se esgueira, ambígua, a má verdade dos seus actos.

    Como se não bastasse, do alto de uma imaginária sapiência – só rançosa espertice – gostam de pensar-se aladinos e dos outros fazer parvos. A mais das vezes não passando de megalómanos com cataratas expandidas da balofa gordura dos seus egos inchados.

    Eles andam por aí a fazer-se passar por pilares de verticalidade no aspecto, sendo nos actos tortos como a torre de Pisa, mas ignorando ainda que aos 90º iniciais já faltam mais de 45 e é crescente a sua aproximação, cada vez mais oblíqua, à primária horizontalidade.


    Desmascarar tais criaturas é uma missão, um acto de utilidade pública e uma higienização social.

    É gente desta que arrasta na lama pútrida, tomando-se o todo pela parte, muitos políticos de inegáveis qualidades e inquestionável seriedade. O povo é mais singelo quando conclui: “Paga o justo pelo pecador”. Mas pior mesmo é o pecador tomar-se por justo e fazer passar os justos por pecadores.

    Eles andam por aí, a cozinhar as artimanhas costumeiras e a contaminar a coisa pública com o desmérito da incompetência.

    Gosto do artigo
    Palavras-chave
    Publicado por
    Publicado em Opinião
    1