Os Mac’PàF’s

    É curioso ouvir aquele moço do Norte que é porta-voz do PSD, Mac-qualquer-coisa, falar sobre as decisões do partido do qual é belicoso rosto. Particularmente gosto do bom sotaque nortenho que o diferencia e individualiza territorialmente e também aprecio muito a sua próspera carreira de empreendedor excelentemente sucedido na vida. Não será despiciendo […]

  • 11:39 | Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2015
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É curioso ouvir aquele moço do Norte que é porta-voz do PSD, Mac-qualquer-coisa, falar sobre as decisões do partido do qual é belicoso rosto.
Particularmente gosto do bom sotaque nortenho que o diferencia e individualiza territorialmente e também aprecio muito a sua próspera carreira de empreendedor excelentemente sucedido na vida. Não será despiciendo referir que foi também um exemplar autarca suburbano do Porto, ao lado de outros nomes gloriosos do poder local lusitano, como por exemplo, aqui mais perto, em Lamego, o comendador Lopes.
Ao anunciar hoje o apoio do PSD à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à presidência da República, fê-lo com muita dignidade, elevação e apurado sentido de Estado.
Só não compreendi um pormenor — e certamente por mera insuficiência neuronial pessoal — quando refere que MRS apoia e defende a “economia social de mercado”…
Logo hoje que tenho tanta coisa a fazer, lá devo ir à biblioteca Municipal tentar encontrar um tratado desta área que me explique este “amancebamento” contra-natura.
Perante a douta voz que o profere, estarei decerto enganado, mas sempre pensei que economia rima com mercado tanto como um verso do tipo “foi à praia trouxe um búzio; cheguei a casa, em cima da cómoda púzio”.
Agora rimar com social… a não ser que, este social seja, efectivamente, o da actual “social-democracia.
 
Entretanto o clone-type do CDS/PP, Paulo-qualquer-coisa, sem os atributos eloquentes de Mac, antes com o discurso chocarreiro de feiras & mercados apreendido nas repetidas e insuficientes pré-eleições, veio com uma rábula de pires humor, tão mais pires quanto refinado e “british à la Churchil” quer parecer:
Já temos um presidente da AR socialista, temos um primeiro-ministro socialista, um presidente da Câmara de Lisboa socialista, porquê ter um presidente da República socialista?”
Boa pergunta e grandiosa a lógica subjacente.
Esqueceu-se de referir que o presidente da junta de Freguesia de Abrunhosa do Mato, por exemplo, também é socialista, assim como o presidente da Câmara de Penalva do Castelo…
A esta pergunta de retórica bem-humorada, tipo taberna do Manel Quartilho a meia-tarde e ao fim de dois canadões de briol… poderá responder o eleitorado se tiver a ciência de se unir e coeso quiser elucidar o tal “sujeitinho graçoleiro”.

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Publicado em Editorial