A Sobralândia

  Lembram-se da Lusitânia? Não, não falo daquela agência de desenvolvimento regional que deu inexplicável e misterioso sumiço a uns largos milhões de euros comunitários, e não só, há uns anos. Falo do nome atribuído na Antiguidade ao território oeste da Península Ibérica onde viviam os lusitanos desde imemoriais tempos… Por aqui andou Viriato, que […]

  • 18:26 | Terça-feira, 13 de Novembro de 2018
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Lembram-se da Lusitânia? Não, não falo daquela agência de desenvolvimento regional que deu inexplicável e misterioso sumiço a uns largos milhões de euros comunitários, e não só, há uns anos.

Falo do nome atribuído na Antiguidade ao território oeste da Península Ibérica onde viviam os lusitanos desde imemoriais tempos… Por aqui andou Viriato, que até estátua tem posta na Cava com a sua figura e nome, daquele que foi um dos grandes líderes da tribo lusitana, nascido por volta de 180 a.C.


Esqueçam agora o território, esqueçam o líder guerreiro que enfrentou os romanos…
Agora temos o(s) Sobrado(s), manos e gémeos, Jorge e Pedro mais a conjugue Bárbara* a formar uma tríade de respeito.
Nota: O significado deste último onomástico pode ser lido infra, como mera curiosidade etimológica e já que falamos em História da Antiguidade…
Temos, neste cantinho da Lusitânia, a Sobralândia, tribo** trazida por António Almeida Henriques, que a todos tem tratado com a devida dignidade que a estirpe lhe merece, até e pelos grandes e gloriosos feitos em prol do território.
De tal forma que já ninguém consegue recordar Viseu a.S., ou seja, Viseu antes do(s) Sobrado(s), que era terra humilde, laboriosa, de cidadãos conservadores, tementes a Deus e atávicos no seu conhecimento do forró.
Hoje, o clã entretanto chegado e a chegar, revolucionou o erário público, as delirantes fantasias comunicacionais, as ilusões de marketing e a mentalidade dos viseenses, caladinhos, obsequiosos e reconhecidos pela dádiva que lhes caiu em cima, nos domínios da cultura, do turismo, da pinga e do festim.
A sisuda urbe de Viriato, agora mais de Sobrado, é a gloriosa jóia da coroa de um autarca cuja inépcia funcional – que não comunicacional – se vem tornando uma gradual e alarmante realidade.
Evidentemente que tal tem custos. Estes “cérebros” precisam de se alimentar como o comum dos mortais. Carecem das suas “comodidadezinhas” para melhor e mais proficuamente laborarem. Mas não faz mal. Este executivo reconhece as sumidades à légua, e grato, decerto à míngua não os deixará passar.
Os impostos esportulados pelos munícipes reverentes e subservientes cuidarão que nada lhes falte nem aos báquicos eventos, como esse que agora vai “para o ar” do tinto no branco, uma espécie de rosé touriga nacional, roriz, alfrocheiro e jaen a consumir entre os 7 e 10º…
E a consumir, essencialmente, inconfessáveis milhares de euros ao saco roto e já quase vazio do Rossio.
 
*
Significado do Nome Bárbara
Bárbara: Significa “estrangeira”, “forasteira” ou “a estranha”. 
Bárbara surgiu a partir da palavra grega bárbaros, de barbar, que significa “língua incompreensível”.
“Bar-bar” era o que os gregos diziam que ouviam quando não entendiam os estrangeiros falando. Era o equivalente ao atual “blá-blá” em português.
O nome Bárbara era considerado um adjetivo entre os antigos romanos, utilizado para designar toda a mulher que não era natural do império romano. 

(Fonte Dicionário de Nomes Próprios)

 
**
Tribo (do termo latino tribu) é um agrupamento humano unido pela língua, costumes, instituições e tradições.

(Fonte Wikipédia)

 

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Publicado em Editorial