A "Cultura viseense" rendida a Sobrado

Segundo alguns artistas locais, “o Cristiano Ronaldo dos vereadores da Cultura” tem feito assazmente bem o seu papel de apaziguar e apaniguar o sector “cultural” local com estimáveis “mordomias” a troco do reconhecimento público das “outorgas” e da respectiva criatividade social, na sua mais ampla acepção lexical. Não tardará, os epítetos que lhe consagrarão, serão […]

  • 13:25 | Domingo, 23 de Junho de 2019
  • Ler em 2 minutos

Segundo alguns artistas locais, “o Cristiano Ronaldo dos vereadores da Cultura” tem feito assazmente bem o seu papel de apaziguar e apaniguar o sector “cultural” local com estimáveis “mordomias” a troco do reconhecimento público das “outorgas” e da respectiva criatividade social, na sua mais ampla acepção lexical.

Não tardará, os epítetos que lhe consagrarão, serão definidos em função de uma bem hierarquizada gradação, do tipo:

10 mil euros … “o Toy dos vereadores da Cultura”;


20 mil euros … “ o Goucha dos vereadores da Cultura”;

40 mil euros … “o Messi dos vereadores da Cultura”;

80 mil euros … “o Tony Carreira dos vereadores da Cultura”… e assim sucessivamente.

Este processo muito tem contribuído para o excelente incremento dado à Cultura local. Mais, tem permitido emergir novos valores artísticos para a pré-área da inequívoca consagração distrital.

Além disso, muito tem auxiliado o embelezamento urbano, com expressivas peças de estatuária, por exemplo na Radial de Santiago e no Parque do Fontelo, o qual infelizmente permanece encerrado por tempo incerto, impedindo os utentes da cabal fruição das valiosas peças de inegável estética emotiva em pousada “nature-expo“.

O vereador da Cultura, da cúpula do seu novo poiso, o Banco de Portugal, é um autarca exemplar e esforçadíssimo na “educação das massas” e, mormente, na trepanação do bestunto mais duro de alguns viseenses, como é o caso concreto do subscritor desta crónica, que e assim, desta forma, aproveita a oportunidade para parabenizar o nosso “Ronaldo”, auspiciando-lhe este incontido e contínuo irradiar cultural, ciente da verdade popular de que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.

E vai daí deixo aqui um retrato à la minuta de uma obra feita e que, estando por assinar há 456 anos, reclamo como minha (espécie de art-usocapião), no entendimento de que muito bem ficaria no meio do Pavia, por parcos 50 mil euros, mais IVA (preço a discutir). A sua designação é, para já, “A neo-caverna de Platão“, mas a postura quanto à designação é tão flexível quanto o preço e pode muito bem chamar-se “O buraco de Jó”, neste ano de saldos em que, com toda a certeza, Viseu vai ser eleita a Capital Europeia da Cultura e Cidade Património da Humanidade, como há muito nos foi prometido. E nós piamente acreditamos…

Paulo Neto

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial