Reforma das pensões em França 

A esquerda questionou  a razão de pagar às empresas para elas terem mão de obra que necessitam e que a medida era uma "encomenda" das confederações patronais. 

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  • 17:53 | Quarta-feira, 08 de Março de 2023
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Em sessão dominical (5 de fevereiro) o Senado francês ofereceu mais uma derrota ao Governo.

Com efeito, a direita, que tem maioria, impôs a aprovação do chamado “contrato por tempo indefinido fim de carreira”.

Com ele pretendem incentivar a contratação de desempregados com idade igual ou superior a sessenta anos.
Com ele as entidades patronais deixam de pagar as contribuições devidas ao sistema de proteção familiar e poderão denunciar o contrato assim que o trabalhador tenha reunido as condições para beneficiar de uma pensão completa.
Alegam ainda que esta se justifica para dar seguimento e reforçar o objetivo pretendido com o aumento da idade de reforma.

O governo mostrou-se contra este novo contrato.


Baseou a sua posição nas isenções das contribuições devidas para o sistema de previdência familiar.

Apontou mesmo que este custará 800 milhões de euros anuais e que as “Caixas Familiares” poderão “entrar no vermelho”.

A esquerda questionou  a razão de pagar às empresas para elas terem mão de obra que necessitam e que a medida era uma “encomenda” das confederações patronais.

Em suma, mais uma descaracterização da proposta do governo que, ainda por cima, não contribui para o pretendido saneamento financeiro do Sistema de Segurança Social.

 

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