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Rua Direita
Nos próximos dias 18 e 19 de Junho, o município de Sernancelhe apresenta no seu já vasto currículo mais um evento que preenche todos os requisitos para se vir a tornar, como o Festa da Castanha, o Ser+Cultura, a Feira Aquiliniana da Lapa ou o Festival das Sopas, num novo acontecimento capaz de atrair milhares de visitantes em torna desta realidade endógena que, por exemplo, produz 68% da uva com que é feito o espumante Terras do Demo.
A Rua Direita foi ouvir o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Sernancelhe, Armando Mateus, sobre quem recaiu a organização deste simpósio, palavra de origem grega que etimologicamente significa apropriadamente “arte de beber em companhia”…
RD: O que se vai passar nos dias 18 e 19 próximos?
AM: Vamos realizar uma mostra de vinhos, dando ênfase aos produtores da região vitivinícola do Távora Varosa, sem esquecer os nossos vizinhos do Dão e do douro.
Estão confirmados para este evento aproximadamente 80 stands com produtos próprios, cooperativas, agentes representantes de diferentes marcas, distribuidores e comissões vitivinícolas.
Para além da apresentação e das provas livres de vinho, o evento pretende gerar, proporcionar, oportunidades de negócio, convidando para o efeito um vasto número de empresários e comerciantes do sector vitivinícola, hoteleiro e da restauração dos concelhos e distritos contíguos.
Ademais se complementa este primeiro passo com gastronomia proporcionada por 4 espaços de apoio, nos quais se encontram iguarias regionais, petiscos, tapas… confecionados pelos nossos chefs locais.
Ao longo dos dois dias haverá também em permanência momentos musicais, na onda do jazz e dos blues.
Conclui-se este pack com um conjunto de conversas em torno do vinho, com enólogos de reconhecida referência, jornalistas e bloggers mais focados nesta temática.
RD: Este evento, que se realiza pela primeira vez, não tem, naturalmente, tradição em Sernancelhe. Como surgiu esta ideia?
AM: Sernancelhe tem vários ex-libris, a saber, a castanha martaínha, o santuário Mariano da Lapa, Aquilino Ribeiro e o Vale do Távora. É neste Vale do Távora – desconhecido da maioria das pessoas – que se produz a maior área da casta malvasia fina, matéria-prima de excelência dos espumantes Terras do Demo. Sernancelhe produz 68% da uva a este fim destinada, como tal, é relevante realizar um evento em torno deste produto endógeno importantíssimo para a economia local. É também uma forma de realçar, de destacar os nossos produtores. Para além desta evidência, visamos também incentivar estes produtores a criarem marcas próprias de vinho, com o intuito de uma maior rentabilização desta excelente matéria-prima.
RD: Expectativaa?
AM: As expectativas, num evento desta natureza, todo ele novo, dependem de vários factores e, algum grau de imprevisibilidade, mas para reduzir esses condicionantes, estabeleceu-se um bom plano de comunicação com publicidade em outdoors, multibancos, rádios, jornais, plataformas digitais e, a até com a presença na RTP I, no programa de Tânia Ribas.
Tal foi feito ainda numa lógica e logística adequada, com contactos de proximidade entre os plurais agentes envolvidos, por forma a superarmos as maiores dificuldades e as eventuais imprevisibilidades.
RD: Desejamos o maior êxito deixando aqui o convite aos nossos leitores para aproveitarem e darem um passeio até Sernancelhe e, desta feita, deliciarem-se com os vinhos das nossas terras.
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