Dentro de dias voltamos às urnas para eleger os deputados à Assembleia da República e o novo Governo (18 de maio para a maioria dos eleitores e já no dia 11, para quem decidiu antecipar o voto).
É importante que cada um de nós conheça o melhor possível as propostas “em cima da mesa” para escolher o partido que sentimos ser aquele que melhor defende os nossos direitos e se aproxima das nossas ideias para o país e sociedade, para os cidadãos de todas as idades.
Os debates pré-campanha centraram-se muito na necessidade de apoiar os jovens, “o futuro do país”. Pois temos uma novidade para os líderes políticos: os jovens não são o futuro. São o PRESENTE e alguns já votam. Tal como os pais, ou outras pessoas em idade ativa, que todos os dias lutam para ter e dar uma vida digna à família, quantas vezes sem sucesso. E os avós ou bisavós, que já contribuíram ou continuam a querer dar o seu contributo à sociedade e não podem ser esquecidos.
TODOS somos PRESENTE e todos podemos e devemos dizer “Presente” nas eleições.
Portugal é um país envelhecido, o 2º a nível europeu e o 4º, a nível mundial. É preciso criar condições para reverter esta realidade e aumentar a natalidade. Entretanto, o país tem mais de 2,5 milhões de pessoas com idade acima dos 65 anos, ou seja, um quarto da população.
“É urgente implementar políticas públicas que contribuam para mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos em relação ao envelhecimento e à longevidade. Apelamos ao esforço do governo, sociedade civil, empresas, terceiro sector, profissionais, instituições académicas e media para melhorar a vida das pessoas idosas, bem como a das suas famílias e comunidades. Juntos somos capazes de construir um Portugal para Todas as Idades. É fundamental criar o Observatório do Idadismo, realizar uma Campanha Nacional de Combate ao Idadismo, Rever a legislação existente e integrar a perspetiva da Igualdade Entre Todas as Idades nos currículos escolares, nas práticas pedagógicas, individuais e coletivas, de docentes.” (José Carreira, Presidente da Associação Stop Idadismo)
Que propostas têm os partidos concorrentes às Legislativas para esta grossa fatia da população?
A meio da Década do Envelhecimento Saudável 2020-30, em concreto, como é que pretendem favorecer o Envelhecimento Ativo, Saudável e Feliz?
Não basta falar da idade de reforma ou de um eventual aumento das pensões.
O aumento da esperança de vida é muito positivo, podemos viver mais anos. E sim, é um desafio enorme para a Economia, para os sistemas de Saúde e de Segurança Social e até a Mobilidade e vida social.
O “envelhecer bem” pode e deve começar com a preparação para a nova fase ainda na idade ativa, eventualmente com uma solução de reforma parcial e passagem de experiência e conhecimentos às gerações mais novas, com respeito e reconhecimento mútuo dos benefícios da intergeracionalidade nas organizações.
Envelhecer bem implica boa saúde física e mental, condições financeiras dignas e participação ativa na sociedade, pelo menos enquanto for possível.
Esta é uma área em que há muito a mudar. E temos de começar pela formação em práticas não idadistas, ou seja, não discriminatórias pela idade. O ideal é que comece nos bancos das escolas, mas dada a emergência, quiçá, os responsáveis políticos são os primeiros a precisar dessa formação.
Os mais velhos também contam e votam. Em geral são eleitores muito fiéis na ida às urnas porque sabem o quanto é importante ter liberdade para votar e escolher.
São 2,5 milhões de potenciais votos.
Que partidos têm propostas que mereçam esses votos?
Associação Stop Idadismo:
§ Pugna por um Mundo Para Todas as Idades, através de três estratégias: Políticas Públicas e Legislação; Intervenções Educacionais e Atividades Intergeracionais.
§ SITE: https://stopidadismo.pt/
§ E-MAIL: info@stopidadismo.pt