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O Bloco de Esquerda de Viseu dirigiu à presidência do executivo da Câmara Municipal de Viseu várias questões sobre a situação dos transportes públicos que integram o MUV (Mobilidade Urbana de Viseu).
O Bloco tomou conhecimento que vários autocarros do MUV (Mobilidade Urbana de Viseu) têm realizado viagens em incumprimento das normas da Direção Geral de Saúde (DGS), segundo as quais os autocarros devem circular com um máximo de 2/3 da lotação.
No dia 13 de maio a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda posicionou-se em comunicado sobre a escassa oferta de horários nas linhas da MUV em comparação com o período antes da pandemia. Já então se verificavam casos de sobrelotação, muitas vezes provocada pela diminuição do tamanho dos veículos. No mesmo comunicado chamou a atenção para outros casos no distrito.
No dia 13 de maio, podia ler-se no comunicado “É preciso Agir com Urgência! O Bloco de Esquerda lança este alerta com a exigência do restabelecimento urgente do transporte coletivo pré-pandemia e com a visão de melhorar todo sistema de forma a respeitar todas as medidas de contenção da propagação da Covid-19 que, numa perspectiva lógica, seria a de aumentar a oferta para concentrar menos pessoas em cada deslocação.”
Entretanto, com o regresso dos estudantes do 11.º e do 12.º às aulas e com o regresso ao trabalho de muitas pessoas, a situação terá piorado. No concelho de Viseu, a oferta disponível das linhas MUV não está a acompanhar o aumento de procura com o desconfinamento, provocando situações de incumprimento das normas da DGS e de incremento do risco para a saúde pública.
Voltamos a reiterar que neste momento, os transportes públicos devem ser otimizados, no sentido de aumentar a sua capacidade de resposta, eventualmente através da criação de mais horários ou de desdobramentos nos horários de maior afluência (2 viaturas a realizar a mesma linha no mesmo horário). Os transportes públicos poderão configurar uma alternativa de transporte fundamental no apoio às pessoas com quebras de rendimentos provocadas pela crise pandémica, mas para tal têm de configurar também uma alternativa segura.
Neste seguimento, nas questões à Câmara de Viseu, procuramos esclarecer se o executivo tem conhecimento da situação de sobrelotação no MUV; qual o motivo para que ainda não tenham sido repostos mais horários ou sido criados desdobramentos nos horários de maior afluência; quando será reposta a totalidade dos horários pré-pandemia e que medidas irão ser tomadas que permitam solucionar estas situações de risco para a saúde pública no imediato.
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