Encerramento de escolas e testes rápidos

Sabemos que o problema não se coloca ao nível da aprendizagem dos alunos. Não será um mês de aulas em ensino à distância que colocará em causa o percurso escolar dos alunos. Há sempre forma de corrigir e recuperar. O que não pode esperar mais tempo é a saúde das nossas comunidades.

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  • 16:13 | Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2021
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Da Comissão Política Distrital do PSD Viseu recebemos a seguinte nota:

“O aumento exponencial do número de infeções e de mortos por COVID19 impõem que sejam tomadas medidas mais restritivas para que mitigarmos a catástrofe. As escolas não podem continuar a ser um contribuinte ativo para aumentar a pressão hospitalar. Este é o tempo da política. Não podemos esperar por subterfúgios técnicos para tomar decisões inadiáveis. As escolas têm de encerrar, em especial o 3º ciclo e o secundário.

Sabemos que o problema não se coloca ao nível da aprendizagem dos alunos. Não será um mês de aulas em ensino à distância que colocará em causa o percurso escolar dos alunos. Há sempre forma de corrigir e recuperar. O que não pode esperar mais tempo é a saúde das nossas comunidades.


Infelizmente a falta de coragem política e a ausência de antecipação do problema tem levado ao impasse. O atraso na tomada de decisão só de justifica porque o Governo, o ministério da educação, não criou condições para garantir igualdade no acesso aos meios digitais, como se havia comprometido. O parque informático das escolas continua obsoleto, os computadores continuam por entregar aos alunos e a largura de banda nas escolas mantém-se uma miragem. Estas são algumas das razões manter a escola aberta. São factos que demonstram que o Governo continua a falhar.

Tal como nos computadores que deveriam ter chegado às escolas no início do ano letivo, hoje era o dia para iniciar os testes rápidos nas escolas, anunciou o primeiro-ministro. Mais uma manobra de propaganda para a televisão à imagem do que aconteceu com o início do processo de vacinação. Não há certeza quando começarão os testes na nossa região e nem sequer sabemos se há equipas disponíveis para o fazer, uma vez que a prioridade é vacinar. Será que ainda temos de esperar pela testagem dos alunos para proteger os alunos e as famílias, permanecendo em casa? Será é temos de continuar a manter centenas de turmas confiadas em casa enquanto outras se mantém expostas ao risco?

Este é o tempo de decidir. Este é o tempo de assumir que a política também é um risco. Não podemos é permitir que o risco seja a perda de mais vidas humanas. Se o governo não tem coragem, exorto os autarcas e as autoridades de saúde locais a serem firmes na defesa das nossas comunidades.”

 

(Foto DR)

 

 

 

 

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