Covid-19: Falência económica e mortalidade são as maiores preocupações dos portugueses

Estudo quis saber o que pensam os portugueses sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Para além de todos os receios, a confiança nos profissionais que continuam a trabalhar para manter o país funcional é quase máxima.

Tópico(s) Artigo

  • 21:41 | Segunda-feira, 23 de Março de 2020
  • Ler em 2 minutos

Falência económica nacional (62% dos inquiridos), mortalidade elevada (58%), falência do Sistema Nacional de Saúde (46%) e desemprego (46%) são os principais receios dos portugueses em tempo de Covid-19. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pela multidados.com – the research agency – em parceria com a Guess What, que quis ainda saber os pensamentos atuais dos portugueses sobre a pandemia da Covid 19.

Numa escala de 0 a 10, a confiança dos portugueses nos enfermeiros (9,58), médicos (9,48), camionistas e trabalhadores em lojas de bens essenciais (9,12), Sistema Nacional de Saúde (8,27) e Forças de segurança (8,22) é quase máxima. Também alta é a confiança no Presidente da República (7,69), Primeiro Ministro (7,63), Ministra da Saúde (7,61) e Direção Geral da Saúde (7,61).

Os portugueses (100%) dizem conhecer as medidas do Governo de combate à pandemia e identificam-nas: isolamento obrigatório para pessoas infetadas (93%); encerramento de estabelecimentos de restauração, exceto os que dispõem de serviço take-away (91%) e imposição do teletrabalho sempre que possível (89%).


Ainda assim, os inquiridos apontam outras iniciativas que deviam ser tomadas pelo governo português como ajuda económica às famílias (49%), suspensão do pagamento de contratos de água, luz, gás e comunicações (37%), intensificação da fiscalização das autoridades (37%) ou o recolher obrigatório (41%).

Como se vê pelos receios dos inquiridos, a economia ocupa um papel central no pensamento dos portugueses. Em caso de necessidade económica, 43% dos inquiridos diz contar com o apoio dos amigos, sendo que apenas 1% pensa contar com ajuda económica do Governo. Mais de 58% dos inquiridos considera que a crise económica resultante da atual situação será forte e duradoura.

Mais de 36% dos inquiridos diz estar sempre atento às notícias sobre o tema; 37% diz ver as notícias várias vezes ao dia e 25% diz acompanhar as informações sobre o vírus, pelo menos uma vez por dia. A televisão (95%) é o meio de eleição da maioria dos portugueses, seguindo-se as redes sociais (53%), sites do SNS e DGS (46%) e outros sites (26%).

Metade dos inquiridos considera que o pico da pandemia em Portugal vai ocorrer dentro de um mês, enquanto 32% considera que o pico irá ocorrer daqui a uma semana. O estudo foi realizado por via dos métodos CATI (Telefónico) E CAWI (online) a uma base de dados de utilizadores registados na plataforma da multidados.com. Foram recolhidas e validadas 1.000 respostas entre os dias 20 e 23 de março.

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Última Hora