O Convento de Cristo, em Tomar, foi palco esta quinta-feira da sessão de apresentação de uma nova publicação dedicada ao Património da Humanidade classificado pela UNESCO na Região de Lisboa e Vale do Tejo. A iniciativa resultou de uma colaboração entre a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), I.P. e a Museus e Monumentos de Portugal (MMP), E.P.E., e contou com a presença de representantes institucionais, parceiros e comunidade local.
A obra em edição bilingue, intitulada “Património da Humanidade da Região de Lisboa e Vale do Tejo / World Heritage of the Lisbon and Tagus Valley Region”, destaca os bens classificados pela UNESCO na região: Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, Convento de Cristo, Mosteiro de Alcobaça, Paisagem Cultural de Sintra e Edifícios Reais de Mafra. Com mais de 220 fotografias, incluindo trabalhos de João Bernardino, textos de Ana Anjos Mântua e design gráfico de Pedro Albuquerque (Wello Design Studio), a publicação procura evidenciar não só o valor excecional destes sítios, mas também o papel do património cultural na coesão territorial e no desenvolvimento sustentável.
A Presidente da CCDR LVT, Teresa Almeida, sublinhou a dimensão cultural e social deste património como “uma expressão viva da nossa identidade e um alicerce fundamental para a construção de um futuro mais sustentável e coeso”. Para Teresa Almeida, “o olhar desta publicação para os sítios classificados transmite não apenas o seu valor excecional, mas também a forma como estes contribuem para a coesão do território e para a projeção internacional do nosso país (…) pois é através deles que reforçamos a ligação entre passado e futuro, entre a herança recebida e a responsabilidade de a transmitir às gerações vindouras.”
Na mesma linha, o Presidente da MMP, Alexandre Nobre Pais, destacou o papel transformador do património na vida coletiva e no desenvolvimento regional como “espaço de encontro, de diálogo e de aprendizagem, capaz de gerar desenvolvimento e de reforçar a ligação das comunidades ao território”. Alexandre Nobre Pais acrescentou que estes lugares “permitem perceber que a cultura não é apenas uma memória guardada em pedra, mas um recurso vivo, com potencial para inovar, inspirar e dinamizar a economia local e regional (…) e que, ao protegermos estes bens, protegemos igualmente a nossa capacidade de construir futuro em torno da diversidade, da criatividade e do respeito mútuo.”
A obra integra ainda textos relativos às perspetivas de agentes culturais preponderantes na região, como é o caso de Sofia Cruz, Presidente da Parques de Sintra – Monte da Lua, que assinala que “a valorização do património é inseparável da valorização das pessoas que dele cuidam e o transmitem às gerações futuras”, assim como do Embaixador José Filipe Moraes Cabral, Presidente da Comissão Nacional da UNESCO, que salientou que os bens classificados da Região de LVT “são parte de uma herança universal, que importa proteger, interpretar e colocar ao serviço da humanidade”.
A nova publicação encontra-se já disponível e poderá ser adquirida, em breve, nas lojas dos museus nacionais, contribuindo para a divulgação e valorização do património mundial da região.