Autarcas excluídos do novo modelo de gestão da Saúde

O modelo apresentado é mau e é uma forma encapotada de esconder o problema do setor da saúde que há muito necessita de uma reforma de fundo, séria e comprometida com as regiões e com os autarcas, e não de decisões unilaterais, imponderadas e desajustadas, que excluem os decisores políticos locais e são tomadas sem considerar as necessidades reais das populações.

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  • 18:11 | Sexta-feira, 01 de Setembro de 2023
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A Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMDOURO) entende que a “reforma do Serviço Nacional de Saúde”, anunciado pelo Governo, e cujo modelo de gestão iniciará em janeiro de 2024, trará ainda maior desigualdade no acesso aos cuidados de saúde na região do Douro e poderá comprometer o futuro dos Centros de Saúde nos concelhos que integram os 19 municípios da CIMDOURO.

O modelo apresentado é mau e é uma forma encapotada de esconder o problema do setor da saúde que há muito necessita de uma reforma de fundo, séria e comprometida com as regiões e com os autarcas, e não de decisões unilaterais, imponderadas e desajustadas, que excluem os decisores políticos locais e são tomadas sem considerar as necessidades reais das populações.

 


A CIMDOURO lamenta profundamente que, mais uma vez, os autarcas tenham sido ignorados pelo Poder Central. O Governo, que tem andado com tanta insistência, pressa e pressão, para que os autarcas aceitem as competências da Saúde, nunca teve o cuidado de tocar sequer neste tema da constituição das ULS.

Contudo, pela legitimidade que nos assiste como representantes das populações, não aceitamos este modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde. Nas nossas costas o Governo levou por diante uma “reforma” que põe em causa os cuidados de saúde primários no Interior do País, neste caso, na região do Douro.

Consideramos este modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde desajustado e, por isso, não podemos aceitar que concorra para aumentar as dificuldades de quem aqui teima em viver e trabalhar. Exigimos que o modelo de gestão seja calibrado e vá ao encontro daquilo que são as realidades territoriais do Interior do País e não que se limite a replicar, a régua e esquadro, fórmulas do Litoral.

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